Classe A/B é responsável por 59,3% dos produtos de beleza consumidos no Brasil

Segundo a Abihpec, o Brasil terminou 2006 como o terceiro país onde mais se consumiu cosméticos, faturando US$ 18,2 bi

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A classe A/B é a maior consumidora de produtos de higiene pessoal e beleza no Brasil. De acordo com um levantamento do Ibope, divulgado no primeiro semestre de 2007, as pessoas com maior poder aquisitivo são responsáveis por 59,3% do gasto total do setor no Brasil. A pesquisa mostra ainda que a classe C/D responde por 40,3% do faturamento do setor e a classe E, por 0,4%.

A busca pela aparência jovem é um dos principais motivos que levam o público a gastar cada vez mais com esses tipos de produto. Para se ter uma idéia, no Brasil, o setor cresceu 26,2% em 2006, em relação a 2005, de acordo com a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Para 2007, a associação estima um crescimento de 13%.

Ainda de acordo com dados da Abihpec, o Brasil terminou 2006 como o 3º país onde mais se consumiu cosméticos, gerando faturamento de US$ 18,203 bilhões. O País ficou atrás apenas dos Estados Unidos (US$ 50,44 bilhões) e do Japão (US$ 29,77 bilhões) e superou a França, que ficou em 4º lugar, e já foi considerada o império do perfume.

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Produtos

A Abihpec revela que os produtos mais vendidos são os de cuidados com o cabelo, que representam 25% do faturamento. Em seguida, aparecem os descartáveis – que incluem fraldas, absorventes, papel higiênico, guardanapos, toalhas e lenços de papel, com 14% de participação.

Em 3º lugar no ranking, aparecem as Fragrâncias (13%), à frente dos produtos para banho (10%) e higiene oral (10%), cuidados com a pele (9%) e desodorantes (9%), maquiagens (6%), bronzeadores (3%) e preparações para barbear (1%).

Em relação aos produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos que são exportados pelo Brasil, os de higiene oral movimentam US$ 139 milhões, seguidos pelos sabonetes (US$ 100,3 mi), produtos para cabelos (US$ 98,5 mi) e descartáveis (US$ 29 mi).

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Crescimento

A associação atribui esse crescimento a vários motivos, entre eles, a participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho e a utilização da tecnologia de ponta e o conseqüente aumento de produtividade, que favorece os preços praticados pelo setor, fazendo com que os preços dos produtos aumentem menos do que os índices de preços da economia em geral.

Além disso, a associação garante que os lançamentos constantes de novos produtos – atendendo cada vez mais às necessidades dos clientes – e o aumento da expectativa de vida, que traz a necessidade de prolongar a juventude, são outros fatores importantes.

Vale ressaltar que outro ponto de incentivo à venda dos produtos, é o crescimento no número de homens que consomem cosméticos.

Para se ter uma idéia, em 2001, a indústria lucrava R$ 761 milhões com eles. Em 2006, esse número cresceu para R$ 1,667 bilhão, o que representa quase 10% do mercado total.

Empresas

Com o crescimento do setor, o número de vagas de empregos na produção, administração e venda dos produtos tem crescido anualmente.

Em 2006, 57,5 mil pessoas trabalhavam na produção e administração dos produtos, segmento que registra crescimento médio anual de 5,5%. As lojas de franquias empregavam 27,5 mil, e apresentaram crescimento médio de 7,9%.

O número de profissionais empregados era ainda maior nas revendedorras (vendas diretas) e nos salões de beleza, que possuíam 1,64 milhão e 1,20 milhão de funcionários, com crescimento médio anual de 10,2% e 6,3%, respectivamente.