Entrevistas: 5 dicas para lidar com a temível pergunta sobre salário

É uma questão temível e que pode acabar com as chances de um candidato, mas como fugir dela?

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Embora o salário costume ser um dos fatores principais para a escolha de uma vaga, e de fato seja importante conversar sobre isso, a questão monetária nem sempre é confortável ao candidato – principalmente se é ele quem tem que dizer “seu preço” na entrevista.

Às vezes de fato não é possível fugir da situação desconfortável de abrir seu salário atual ao recrutador. Entretanto, o site Business Insider indica que também não é aconselhável fazer isso de imediato, já que o preço que um candidato cobra atualmente nem sempre é o mesmo que pretende para o futuro – e errar neste número pode significar deixar de ganhar milhares de reais ao ano.

Em outras palavras: informar seu salário atual é estar em desvantagem, de acordo com a especialista Jen Hubley Luckwaldt, do PayScale.

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Veja 5 maneiras de evitar essas perdas:

1. Não preencha na inscrição

O site norte-americano garante não ser necessário nem mesmo informar seu salário atual virtualmente antes da entrevista.

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Caso o campo seja obrigatório em um formulário de inscrição, preencha com um “-“ ou um espaço. É praticamente uma ferramenta de negociação, porque se suas qualificações forem boas, diz Jen, boa parte dos recrutadores tentará ao menos uma ligação para saber se suas expectativas se encaixam no orçamento da vaga.

2. Devolva a questão

Qualquer vaga de emprego tem um orçamento pré-estipulado. Quando o recrutador perguntar o último salário, é possível rebater, de uma forma educada.

Diga, por exemplo, que não quer fazer com que a entrevista seja uma perda de tempo para o entrevistador: saber o salário proposto de antemão será proveitoso para ambas as partes.

3. Faça perguntas sobre a descrição da vaga

Embora seja aconselhável já ter, sim, uma pretensão salarial na ponta da língua, o candidato pode replicar à questão com outras perguntas sobre as funções da vaga.

Saber exatamente o papel que uma pessoa naquela posição deverá cumprir é importante para chegar a uma precificação mais acurada – o que evita a armadilha de pedir menos do que a vaga pagaria.

4. Foque no emprego, não no seu histórico

Já no cenário em que é necessário estabelecer uma faixa de valores, quando o candidato tem todas as informações sobre uma vaga, ele deve pesquisar padrões e ter melhor noção de quanto essas exigências valem no mercado de trabalho. Não importa o que se recebeu no passado, mas sim quanto se vale agora.

5. Reformule a questão

A questão do recrutador pode ser sobre seu histórico, mas a sua resposta pode levar à direção do salário que você está buscando. É, inclusive, uma questão mais cabível.

Caso isso não funcione e o recrutador insista no salário anterior, também é possível dizer que prefere manter a confidencialidade deste número – mas nunca mentir.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney