Ifix fecha nova sessão no negativo; FII RBVA11 é destaque do dia

O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados da Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (11) com queda de 0,22%, aos 2.839 pontos. O FII Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) liderou a lista das maiores altas do dia, subindo 1,17%. Confira os demais destaques do pregão ao longo do Central de FIIs.

O FII Hedge Top FoFII (HFOF11) reforçou, nesta terça-feira (10), a possibilidade de relevante ganho de capital com fundos imobiliários, tese que vem sendo defendida pela maioria dos analistas nos últimos anos.

Em relatório gerencial, o HFOF11 – fundo que investe em cotas de outros FIIs – destacou o investimento que tem feito no Cidade Jardim Continental Tower (CJCT11), negociado abaixo do valor patrimonial, ou seja, abaixo do valor considerado justo.

“Ao longo do último ano montamos uma posição no CJCT11, portfólio de alta qualidade, negociado abaixo do seu custo de reposição (valor necessário para construir um imóvel igual), e que vem passando por um reposicionamento organizado pelo seu time de gestão”, destaca o documento.

Em 2022, o HFOF11 alocou R$ 43,1 milhões no CJCT11, dono de 19 conjuntos do Continental Tower, localizado na cidade de São Paulo (SP).

Recentemente, o fundo investido aprovou a venda de três andares do imóvel por um preço 32,92% superior à avaliação do espaço, lembra a gestão do HFOF11. Diante da venda, o CJCT11 distribuiu em novembro de 2022 cerca de R$ 18 em forma de amortização – devolução de patrimônio aos cotistas.

A gestão do HFOF11 – um dos principais cotistas do CJCT11 – defende as transações e já projeta um ganho de capital ainda maior em caso de novas vendas.

“Se mantida essa precificação na venda dos demais conjuntos, o investimento [no CJCT11] poderá trazer ao HFOF11 um lucro de aproximadamente R$ 20,6 milhões”, prevê o relatório gerencial do Hedge Top FoF II. O montante corresponderia a R$ 0,89 por cota, detalha a carteira.

Para a gestão do HFOF11, casos como estes reforçam a possibilidade de colher resultados positivos mesmo diante de um mercado em baixa e das incertezas macroeconômicas.

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Maiores altas desta quarta-feira (11):

Maiores baixas desta quarta-feira (11):

Fonte: B3

CACR11 compra R$ 2,5 milhões de novos CRIs

O FII Cartesia Recebíveis Imobiliários concluiu a compra parcial da 332ª série da primeira emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) da Habitasec Securitizadora.

Os CRIs são uma espécie de pacote de receitas futuras das empresas do setor imobiliário – como aluguéis ou parcelas pela venda de apartamentos, por exemplo. Os títulos são vendidos aos investidores e embutem um rendimento prefixado e a correção monetária por um indicador, que normalmente é a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) ou o IPCA.

Em fato relevante, o CACR11 destacou que a recente compra totalizou R$ 2,5 milhões. A taxa de remuneração dos papéis é de CDI mais 7,5% ao ano.

Considerado um fundo de “papel” – que investe em títulos de renda fixa – o Cartesia Recebíveis Imobiliários tem hoje um patrimônio de R$ 187 milhões.

Em novembro de 2022, a carteira encabeçou a lista dos maiores pagadores de dividendos do período, rendendo 1,42% naquele mês.

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Dividendos hoje

Confira os fundos que distribuem rendimentos nesta quarta-feira (11):

Fonte: StatusInvest

Giro Imobiliário: analistas veem alta do IPCA em dezembro como pontual, motivada por recomposição após promoções

A recomposição de preços em dezembro após as promoções de Black Friday em novembro foi mais intensa do que o esperado pelo mercado, gerando a “surpresa” negativa com o IPCA do último mês de 2022. O indicador divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (10) apontou alta de 0,62% no mês e de 5,79% no fechamento do ano. Para analistas, embora o dado específico do mês tenha sido forte, a piora deve ter sido pontual, uma vez que a tendência de desinflação continua. Em 2021, o IPC fechou em 0,73% no mês e em 10,06% na comparação anual.

Na avaliação de Tatiana Nogueira, economista da XP, o dado de dezembro foi negativo de forma geral, com o índice de difusão tendo avançado de 59% em novembro para 69% em dezembro. Ela destaca, no entanto, que metade da “surpresa” de altas se deu em um subgrupo volátil e bastante sensível tanto à Brack Friday como ao Natal, o que não deve se repetir nos próximos meses.

“Ainda observamos desinflação em curso em linha com normalização da cadeia global de valor e acomodação de preços de commodities, além do desaquecimento da demanda doméstica”, comenta. Tatiana lembra que a média dos núcleos avançou 0,66%, acima da estimativa de 0,46%, mas que a média móvel de 3 meses anualizada, já com ajuste sazonal, desacelerou de 4,8% para 3,45%.

“Olhando à frente, esperamos que o IPCA de janeiro desacelere, bastante influenciado pelas promoções de início do ano e deflação de energia elétrica e combustíveis, sendo este último um risco no cenário”, prevê. “Nossa projeção para o IPCA de 2023 está em 5,4%, com volta da tributação federal sobre combustíveis (50 pontos base) em março. Não incorporamos elevação do ICMS em gasolina, mas estimamos que tem impacto no IPCA de até 70 bps”, alerta.

Leonardo Costa, economista da ASA Investments, afirma que o impacto dos choques de cadeia sobre a inflação de bens segue resistente, com desaceleração muito irregular nos industrializados, mas que a tendência de desaceleração dos serviços continua, embora a surpresa de dezembro tenha sido modesta.

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