LTN: boa opção de investimento em momentos de juros em queda

O título, emitido pelo Tesouro Nacional, é pré-fixado e você sabe no ato da compra o valor dos rendimentos que vai receber

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Para aqueles que já escolheram a renda fixa, mas não se importam em correr um risco um pouco maior e nem esperar um pouco mais para receber seu dinheiro, em um cenário de taxas de juros em queda, os títulos pré-fixados são uma boa opção de investimento.

Entre os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, estão as LTN (Letras do Tesouro Nacional), títulos cuja rentabilidade é definida no momento da compra e com um fluxo de pagamento de juros simples, ou seja, os rendimentos só são pagos na data de vencimento.

A grande vantagem das LTN é que o papel está disponível em várias datas de vencimento, o que pode atenuar o risco inerente ao investimento, a medida que o investidor tem mais liberdade para optar por um vencimento em linha com o prazo que pretende manter o dinheiro aplicado.

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Entenda o mecanismo de desconto

O mecanismo da LTN é de uma compra com deságio, ou seja, o Governo não paga o juro no vencimento, mas dá um desconto equivalente à taxa negociada na data da compra do papel. Por exemplo, uma LTN, cujo valor na data de vencimento seja R$ 1.000,00 (neste caso, um ano) será vendida hoje por R$ 869,56 se a taxa negociada for 15% ao ano.

Ou seja, neste exemplo, o investidor compraria o papel por R$ 869,56 e, um ano depois, o venderia por R$ 1.000,00, de maneira que seu rendimento seria R$ 130,43, já conhecido no ato da compra do título e equivalente a uma taxa de desconto de 15% ao ano.

Esta taxa de remuneração é definida de acordo com a oferta e a demanda por estes papéis, de maneira que, naturalmente, quanto mais investidores quiserem alocar seus recursos em LTN, menor será o rendimento pago.

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O que pode dar errado?

Apesar de parecer acolhedor saber exatamente o rendimento a ser recebido um ano depois, um dos problemas é que o valor é fixado em termos nominais e, por isso, o investidor fica sujeito a uma perda de oportunidade, caso os juros de mercado subam mais do que o previsto e ele necessite vender o título.

Além disso, o papel é mais indicado para quem espera que a Selic, taxa básica de juro da economia brasileira, apresente uma movimentação declinante e alcance, no prazo definido, uma taxa menor que a que deverá ser paga pela LTN.

Outra questão a ser considerada é que, se por algum motivo, não for possível carregar o título até o vencimento, a rentabilidade pode ser menor dependendo das condições de mercado, ou seja, a estratégia é melhor indicada para os que podem ficar com o papel até o vencimento.