Nafta em queda, resinas em alta: BES vê com otimismo futuro das petroquímicas

A expectativa de um reajuste nos preços domésticos das resinas sem um aumento nas importações ganha espaço

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – De olho na evolução dos preços dos insumos e dos produtos das indústrias petroquímicas, os analistas do BES (Banco Espírito Santo) revelaram otimismo em relação ao setor, já que ao mesmo tempo em que foi verificada uma redução no preço da nafta, os preços das resinas termoplásticas aumentaram, sugerindo haver espaço para um aumento das margens.

Segundo os analistas, a primeira boa notícia é que os preços da nafta, depois de terem superado os US$ 700 por tonelada em meados de maio, apresentaram redução de mais de 6% na última quinzena (US$ 42 por tonelada), encerrando o último mês a US$ 644 por tonelada.

Apesar deste recuo, os analistas ressaltaram que o preço médio do insumo durante o mês de maio foi de US$ 685 por tonelada, valor quase 24% acima do registrado no primeiro trimestre do ano e 4,8% maior que a média de abril, o que inclusive deverá se refletir nos preços da Petrobras no mês de junho.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Resinas em alta

Já o preço do etano, que apresentou um comportamento menos volátil na última quinzena, registrou uma redução de apenas 0,7% Ademais, a outra boa notícia veio dos preços das resinas termoplásticas: o preço do polietileno aumentou 2% e o do polipropileno 3%.

Como resultado, as margens para o polietileno aumentaram US$ 70 por tonelada (+11%) e para o polipropileno subiram US$ 87 por tonelada (+14,5%), sendo que a notícia só não foi melhor para os produtores base nafta em função da queda de cerca de 4% nos preços do benzeno.

Dentro deste contexto, reacende a expectativa de um possível reajuste nos preços domésticos das resinas, sem que os consumidores incrementem as importações. Entretanto, este reajuste, caso se materialize, só terá pleno impacto a partir do terceiro trimestre, o que será acompanhado de uma redução dos preços domésticos da nafta, caso os preços do mercado internacional mantenham o atual patamar.