Riqueza conta menos que tradição para ganhar Copa do Mundo, revela estudo

"As análises mostram que uma renda média baixa não é uma barreira para o sucesso na Copa", diz sócio da PwC - Brasil

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A riqueza conta menos do que a tradição para definir os campeões da Copa do Mundo, concluiu o estudo “O que a econometria pode nos dizer sobre a Copa do Mundo”, realizado pela PricewaterhouseCoopers no Reino Unido.

Países mais ricos não têm tendência de obter os melhores resultados nos mundiais, o que significa que não existe uma relação entre PIB (Produto Interno Bruto) e levar a tão sonhada taça para a casa. A América Latina, que possui produtos relativamente menores, constantemente derrota rivais europeus, principalmente quando joga em casa.

“As análises mostram que uma renda média baixa não é uma barreira para o sucesso na Copa”, afirmou o sócio da PwC – Brasil, Maurício Girardello. Com isso, o modelo consegue apontar o Brasil como estatisticamente favorito para o mundial da África do Sul.

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O estudo também revela que não há correlação entre PIB per capita e a atual posição no ranking da Fifa (Federação Internacional de Futebol) ou no desempenho em Copas. “Isso reflete o fato de que habilidades básicas de futebol podem ser facilmente adquiridas tanto nas ruas quanto em caros centros de treinamento”.

Critérios
O tamanho da população possui certo efeito na performance dos países durante a Copa, mas não estatisticamente relevante. Tendo um quinto da população brasileira, a Argentina já ganhou diversas vezes do Brasil.

De acordo com Girardello, países que possuem uma cultura do futebol e torcedores apaixonados podem superar as potências da economia mundial. Ele cita os Estados Unidos, que, por sua população e pela representatividade de sua economia, poderiam ter desempenho superior ao Brasil, mas não possuem, já que há maior tradição em outras modalidades, como o baseball.

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O estudo mostra ainda que jogar em casa é fator relevante, quando se fala em ganhar uma Copa do Mundo. O país sede ganhou seis das 18 Copas do Mundo organizadas e, quando não ganharam, esses países fizeram uma boa campanha.

Existe também um claro efeito da região acolhedora do evento, que pode ser associado ao grande apoio dos torcedores e às condições climáticas familiares. Países europeus só ganharam a Copa quando sediada no continente, enquanto os latino-americanos ganharam todos os eventos mundiais nas Américas.