CONTEÚDO DO LEITOR: Entenda os diferentes tipos de fundos de investimentos existentes

Confira o texto do Rafael Pacheco na seção "Conteúdo do Leitor" do InfoMoney

Equipe InfoMoney

Publicidade

Autor:Rafael Pacheco, CFP®, 38 anos, AAI Credenciado à XP

Para você que quer investir em fundos e não sabe como começar, vamos ver bem resumidamente os principais tipos de fundo, focando nas suas diferenças em relação ao tipo de gestão (ativa/passiva), benchmark, liquidez e taxas de administração e performance.

Fundos de Renda Fixa Referenciado DI

Buscarão retorno o mais próximo possível ao CDI, com nível de risco muito baixo. Alta liquidez, baixa taxa de administração e não possui taxa de performance, pois não tem como objetivo superar o CDI, apenas alcançá-lo (gestão passiva).

Fundos de Renda Fixa Inflação/Prefixado

Retorno atrelado à títulos IPCA+, como as NTN-Bs, e como benchmark índices do tipo IMA-B, que buscam medir a performance desse tipo de título. Possuem taxa de administração variável e podem ou não ter taxa de performance, dependendo do tipo de gestão (ativa ou passiva), e geralmente tem alta liquidez.

Fundos de Crédito Privado

Buscarão superar o CDI por uma pequena margem, em torno de 5% a 10%, ao investir principalmente em títulos de dívida de empresas privadas, como debêntures. Risco baixo ou médio-baixo, taxas de administração baixas e não possuem taxas de performance. Liquidez média, de 15 a 31 dias.

Fundos Macro

Aqui temos uma gama de fundos com variados níveis de risco (volatilidade). Os mais conservadores (baixa volatilidade), buscarão retornos em torno de 110% do CDI, com risco médio-baixo. Os moderados (média volatilidade), buscarão retornos de 120% a 130% do CDI, com risco médio-alto. Os agressivos (alta volatilidade), buscarão retornos acima de 150% do CDI, com risco alto. Taxas de administração e performance são menores para os mais conservadores e maiores para os mais agressivos. A liquidez é alta para os conservadores e menor conforme aumenta o nível de risco do fundo.

Fundos de Crédito Estruturado

Buscarão superar o CDI em torno de 20% a 30%, com nível de risco médio-alto. São semelhantes aos fundos de crédito privado, uma vez que investem em dívidas de empresas, mas o fazem através de direitos creditórios, que são mais rentáveis e mais arriscados. Possuem baixa liquidez, em torno de 180 dias. Por buscarem um retorno maior, possuem taxas de administração mais altas, além de taxa de performance em torno de 10% a 20%. Geralmente só aceitam investidores qualificados, ou seja, que declarem possuir mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras.

Fundos Multiestratégia

Nesta categoria podemos ter basicamente qualquer coisa. Diversas estratégias, objetivos, taxas e níveis de risco. Nesse caso, o que vale são as informações específicas do fundo em questão.

Fundos Long/Short ou Equity Hedge

Buscam aproveitar distorções momentâneas entre ativos similares. São fundos não-direcionais, ou seja, não dependem de movimentos de alta ou baixa do mercado como um todo. Risco médio ou alto e gestão extremamente ativa, com taxas de administração e performance elevadas, além de liquidez reduzida.

Fundos Long Biased

São fundos de ações com viés comprado, ou seja, tendem a performar bem quando a Bolsa sobe, e performar melhor que o Ibovespa quando a Bolsa cai. Possuem gestão ativa e, portanto, altas taxas de administração e performance, com liquidez reduzida.

Fundos Long Only

É a categoria mais agressiva de fundos de ações, pois mantem posições agressivas na compra. Tendem a performar extremamente bem quando a Bolsa está em alta, mas também podem performar muito mal quando a Bolsa cai. Também possuem gestão ativa e, portanto, altas taxas de administração e performance, com liquidez reduzida.

Fundos Internacionais

Operam ativos no exterior, com variadas estratégias, objetivos, riscos e taxas, e são exclusivos para investidores qualificados. Aqui, como nos fundos multiestratégia, vale a informação específica de cada fundo.

É isso. Espero ter lhe ajudado a começar a entender melhor o mundo dos fundos de investimentos.

Quer ver seu texto publicado no InfoMoney? Nós também! Clique aqui e envie seu artigo.