Petrobras nega aporte, lama da Vale aparece em desastre e mais 11 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue movimentado nesta terça-feira (24). Nos destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) negou negociação para receber aporte de recursos via instrumento híbrido de capital e dívida (IHCD), em comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A informação de que o governo vai colocar dinheiro na Petrobras foi dada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na última quinta-feira, dia 19. Segundo a matéria, a operação prevê um reforço de capital na empresa, sem a diluição dos minoritários e sem impacto no resultado fiscal da União. A operação funcionaria como um financiamento sem data de vencimento.

Vale
Segundo informações da Folha de S. Paulo, a barragem que se rompeu em Mariana, Minas Gerais, no dia 5, provocando um desastre ambiental histórico que já chegou até ao litoral capixaba, também tinha lama da Vale (VALE3; VALE5). A mineradora, que é uma das acionistas da Samarco, responsável pela barragem, utilizava a área para despejar rejeitos de minério de ferro de suas atividades na região. 

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Procurada pelo jornal, a Vale confirmou que mantinha contrato com a Samarco para utilizar a barragem como destinação de seus rejeitos, mas afirmou que a lama correspondia a menos de 5% do total depositado na barragem de Fundão.

Além disso, a agência de classificação de risco S&P rebaixou o rating de crédito corporativo da Samarco em escala global de “BB+” para “BB-“. Os ratings permanecem em observação negativa devido a um rebaixamento adicional em potencial se o atraso na volta das operações da Samarco aumentar o risco de default de suas obrigações financeiras.

De acordo com a agência, o rebaixamento reflete o aumento dos riscos de liquidez, porque o momento para retomar a produção da empresa permanece incerto. O incidente com as barragens interrompeu as operações da empresa e está gerando fluxos de caixa muito limitados. O valor total de multas e obrigações ainda é imprevisível, mas a Samarco já foi multada em mais de R$ 350 milhões e chegou a um acordo para fornecer um fundo de R$ 1 bilhão para o apoio inicial e esforços de recuperação para as áreas afetadas e para a população. 

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Alpargatas
A venda da Alpargatas (ALPA4), dona da marca Havainas, anunciada ontem por R$ 2,67 bilhões, traz um refresco de curto prazo para o conglomerado Camargo Corrêa, reduzindo sua dívida em 11%, segundo informações do Valor

Ontem, as ações preferenciais da Alpargatas despencaram 8% com o anúncio da venda para a J&F, controladora da JBS. Segundo o blog Mercados, da Veja, o mercado não gostou de saber que os irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos da J&F, vão manter no cargo o atual CEO da varejista, Marcio Utsch, já que a era de corte de custos e otimização do canal de vendas, que muitos esperavam, não deve acontecer. 

Elétricas
Vale ficar de olho no setor de energia elétrica. O leilão das 29 hidrelétricas, cujas concessões já venceram, está marcado para amanhã (25), no qual pretende captar R$ 17 bilhões, e ocorrerá a votação sobre a MP 688 no Senado hoje. Especialistas apontam que, se a votação da MP 688 não for concluída no Senado ou se houver alguma alteração substancial no texto, a realização e o resultado do leilão são incertos. E, caso o leilão seja mantido, as condições propostas podem não refletir a realidade dos ativos ofertados. 

A China Three Gorges (CTG), empresa favorita a assumir o controle das hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, pode ganhar um concorrente à altura na disputa pelos ativos que pertenciam à Cesp (CESP6). Segundo fontes, o governo federal articula para que o leilão tenha ao menos mais um consórcio na disputa pelos empreendimentos. Ele seria liderado pela também chinesa State Grid.

Natura
A Natura (NATU3) teve sua recomendação rebaixada pelo Itaú BBA para underperform (desempenho abaixo da média). 

Tupy
A Tupy (TUPY3) teve sua cobertura iniciada pelo Santander com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 27,00 por ação até o fim de 2016. 

IMC Holdings
A IMC Holdings (MEAL3), dona das redes de restaurantes Viena e Frango Assado, reduziu a proposta de teto do aumento de capital para R$ 400 milhões, ante R$ 575 milhões, anunciada dia 11 de novembro, juntamente com o resultado do 3° trimestre. A proposta visa alongar a dívida da empresa e reforçar seu capital de giro. 

O aumento de capital será via emissão de, no mínimo, 25 milhões de novas ações e até 100 milhões de novas ações, a um preço de R$ 4,00 por papel. Ontem, as ações da companhia renovaram mínima histórica na Bolsa, encerrando a R$ 3,76. Desde a divulgação de resultado, juntamente com o anúncio de aumento de capital, os papéis da companhia só caem no mercado, acumulando nesses sete pregões queda de 24%. 

Além disso, a companhia acertou a venda, por aproximadamente R$ 175 milhões, de suas participações nas subsidiárias mexicanas. 

OGPar
A OGPar (OGXP3), antiga OGX Petróleo, conseguiu suspensão de penhora de receita financeira líquida na venda de petróleo pela empresa, conforme decisão da Justiça informada pela empresa em 15 de novembro. 

Pela decisão de 15 de novembro, a companhia compradora da produção da OGX deveria realizar o depósito em favor do Juízo da quantia em dinheiro equivalente a 365.000 barris de petróleo, no prazo de 10 dias contatos do recebimento do mandado de penhora e a penhora de 5% do faturamento mensal líquido das companhias. 

Senior Solution
A Senior Solution (SNSL3) adquiriu a Pleno por valor inicial de R$ 2,2 milhões.  

Renova Energia
A Renova Energia (RNEW11) informou que Cristiano Corrêa de Barros foi eleito vice direitor de finanças e relações com investidores. Carlos Waack toma posse da presidência em janeiro de 2016. 

Contax
A Verde Asset reduziu participação em ações preferenciais da Contax (CTAX11) para 24,9%.  

Lopes
A JPMorgan Asset passou a deter 5,01% das ações ordinárias da Lopes Brasil (LPSB3).