Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta sexta-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

(Brasília, DF 15/12/2016) Presidente Michel Temer durante discurso do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista coletiva para anuncio do pacote de medidas econômicas. Foto: Beto Barata/PR

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SÃO PAULO – Após o feriado de Ação de Graças nos EUA que manteve a bolsa fechada na quinta-feira em Wall Street, o pregão desta sexta-feira (24) será reduzido por lá, com encerramento às 16h (horário de Brasília). Por aqui, o mercado segue de olho nas movimentações sobre a reforma da previdência, após o ânimo com uma possível data para a votação da reforma na Câmara. Confira os destaques desta sexta-feira (24):

1. Bolsas mundiais

As bolsas chinesas fecharam praticamente estáveis nesta sexta-feira, amenizando as perdas do pregão passado, quando recuou mais de 2% em meio a preocupações com recentes esforços de Pequim para conter uma bolha no mercado financeiro. Já Tóquio voltou do feriado e fechou em alta pelo terceiro pregão seguido,  à medida que o iene se enfraqueceu ante o dólar após a ata do Fed reforçar que o BC dos EUA seguirá com sua política monetária expansionista, fato que favoreceu as ações das exportadoras.

Na Europa, os mercados operam próximos à estabilidade de olho nos dados econômicos. Em destaque, o índice de sentimento das empresas da Alemanha subiu ao nível recorde de 117,5 na passagem de outubro para novembro, resultado que surpreendeu os analistas, que previam alta para 116,7. Contudo, também no país, seguem as discussões sobre o futuro de Angela Merkel. Martin Schulz, líder dos sociais-democratas, está sendo pressionado para destravar a crise política no país e negociar com a chanceler a formação de um novo governo.

Às 8h20 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*CAC-40 (França) +0,33%

*FTSE (Reino Unido) -0,28%

*DAX (Alemanha) +,013% 

*FTSE MIB +0,61%

*Hang Seng (Hong Kong) +0,53% (fechado)

*Xangai (China) +0,06% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,12% (fechado)

*Dow Jones futuro (EUA) +0,02%

*Petróleo WTI +0,98%, a US$ 58,59 o barril

*Petróleo brent +0,13%, a US$ 63,63 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +1,48%, a 513,50 iuanes

2. Agenda econômica

Na agenda doméstica, o grande destaque desta sexta-feira fica para os dados de arrecadação de outubro, às 10h30, que deve ter crescimento mensal, sustentando nível superior a R$ 100 bilhões pelo 5º mês e corroborando perspectiva de retomada gradual do crescimento do PIB. A expectativa, de acordo com consenso da Bloomberg, é de arrecadação de R$ 116,3 bilhões. Nos EUA, será divulgado apenas os dados do PMI de manufatura às 12h45. 

3. Reforma da previdência

A perspectiva para a data da votação da reforma da previdência na primeira semana de dezembro animou o mercado na véspera, porém, segundo apontam os jornais, sua aprovação ainda é uma incógnita. Conforme aponta o jornal Folha de S. Paulo, apesar do texto mais enxuto, deputados afirmam que “nada mudará” em relação ao apoio parlamentar, a não ser que a atual campanha publicitária do governo tenha êxito em reduzir a rejeição popular à reforma.

O jantar organizado por Temer na quarta-feira (22) no Palácio da Alvorada reuniu cerca de 100 dos 300 parlamentares que o presidente esperava atrair, o que contribuiu para o aumentar ainda mais o clima de desânimo, diz a publicação. Contudo, apontou o Valor Econômico, a decepção com baixo quórum em jantar não desanimou o presidente, que continuará trabalhando para votar Previdência. 

4. Eleições 2018

Após informações dos jornalistas Gilberto Dimenstein e de Mônica Bergamo de que Luciano Huck teria dito a amigos que não será candidato a presidente, o Estadão de hoje afirma que ele ainda vai decidir se sai candidato – a informação de que não concorrerá seria cortina de fumaça, para reduzir pressão.

Contudo, a ala palaciana do PMDB não leva a candidatura do apresentador a sério, enquanto não se entusiasma com a do governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Ao mesmo tempo, não descarta o nome de João Doria como candidato. 

5. Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário corporativo, a Bloomberg informa, citando fontes, que o plano revisado da Oi reduz a chance de aprovação este ano. Os novos termos não alteraram os fundamentos do plano, que ignoram os credores e favorecem os acionistas, disseram as fontes. 

Já o Valor informa que a Eletrobras adiou a decisão sobre o modelo proposto pelo BNDES para privatização das seis distribuidoras da estatal nas regiões Norte e Nordeste, diante do risco de a holding assumir uma dívida de R$ 19,7 bilhões em encargos do setor elétrico devidos por essas companhias. O Estadão informa, por sua vez, que o Carlyle contratou bancos para coordenar IPO da Ri Happy. Já o Cade recomendou a aprovação da aquisição do controle da TGM pela WEG com restrições.

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.