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SÃO PAULO – Em queda desde a abertura do pregão, o Ibovespa acentuou as perdas na reta final do pregão com um noticiário extremamente negativo em relação à reforma da Previdência após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, confirmar que a votação do texto ficará para fevereiro do ano que vem, o que levou a um alerta de rebaixamento do rating brasileiro pela Fitch e Moody´s.
O benchmark da bolsa brasileira fechou com queda de 0,67%, aos 72.428 pontos, com o volume financeiro ficando em R$ 11,301 bilhões. O dólar comercial, por sua vez, voltou a subir forte, encerrando o dia com alta de 0,62%, cotado a R$ 3,3365 na venda, no maior nível desde 23 de junho, quando a moeda valia R$ 3,3391.
O presidente da Câmara anunciou que a reforma da Previdência ficará mesmo para fevereiro, com previsão da discussão da proposta no dia 5 e a votação no dia 19: “eu falei aqui há alguns dias. Quando marcarmos uma data, teremos os votos. Nós teremos os 308 votos. A base não tem os votos hoje. O que precisamos daqui até fevereiro é trabalhar os votos”, afirmou Maia. Por conta disso, o relator do projeto, deputado Arthur Maia, adiou a leitura do texto de hoje para 5 de fevereiro.
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Com o adiamento da Previdência, crescem os rumores de que o rating brasileiro possa ser rebaixado em breve. Nesta tarde, Samar Maziad, vice-presidente e analista sênior da Moody’s, afirmou que o adiamento da reforma eleva preocupação com o ritmo dos gastos do governo e indica falta de apoio político: “isso aumenta a possibilidade de que a reforma não seja votada no ano que vem, dada incerteza em torno das eleições presidenciais”, afirmou. Mais cedo, segundo matéria da Folha, a agência de classificação de risco, Fitch Ratings, avisou que nesse cenário sem reforma rebaixará a nota de crédito do Brasil em vista da perspectiva de deterioração do quadro fiscal.
Destaques do mercado
Do lado negativo, destaque para as ações da Eletrobras, que recuaram com a probabilidade da privatização da empresa ficar somente para o ano que vem com o recesso parlamentar mais próximo após aprovação do Orçamento de 2018. Na ponta positiva, o setor de papel e celulose subiu acompanhando a valorização do dólar. As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram: As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações Orçamento aprovado Uma vez aprovado no Congresso, o texto segue para sanção do presidente e, com o fim das votações previstas para esta semana, a reforma da Previdência será apreciada pelos deputados apenas no ano que vem, como confirmou Rodrigo Maia nesta tarde. Lula e cenários para 2018
A decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª região de marcar a data do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva para o dia 24 de janeiro de 2018 segue repercutindo no noticiário. Segundo informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, apesar do forte discurso de resistência e de ir até “as últimas consequências”, ele deu sinais de cansaço e abatimento. Contudo, conforme matéria do Estadão, alguns dirigentes lembram que, se existe alguma “coisa positiva” no calendário do Tribunal de segunda instância é o fato de que o julgamento terá início oito meses antes da eleição e, com isso, haveria tempo para o partido construir um “plano B”, que pode ser o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ou o ex-governador da Bahia Jaques Wagner. O PSDB, por sua vez, também está de olho no cenário eleitoral sem Lula. Caso ele não seja o candidato do PT em 2018, a cúpula tucana acredita que aumentam as chances de o governador Geraldo Alckmin estar no segundo turno. Mas, na esquerda, é o ex-governador Ciro Gomes (PDT) quem cresce, principalmente no Nordeste. A data para julgar Lula também tem impacto em outros setores da esquerda, como o PSOL, que aguarda uma resposta de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao convite para ser candidato a presidente pela legenda.
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
ELET3
ELETROBRAS ON
17,45
-3,80
-17,37
66,12M
NATU3
NATURA ON
29,41
-3,32
+28,41
51,01M
ELET6
ELETROBRAS PNB
20,12
-2,80
-17,46
29,99M
KLBN11
KLABIN S/A UNT N2
17,02
-2,80
-0,80
43,06M
CCRO3
CCR SA ON
15,51
-2,76
+0,62
105,10M
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
GOAU4
GERDAU MET PN
5,53
+2,98
+15,21
89,30M
HYPE3
HYPERMARCAS ON
34,85
+2,47
+36,42
51,66M
FIBR3
FIBRIA ON
48,37
+2,09
+55,40
85,23M
JBSS3
JBS ON
8,75
+1,04
-23,00
73,25M
QUAL3
QUALICORP ON
28,55
+0,88
+53,09
104,75M
Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
ITUB4
ITAUUNIBANCOPN
41,09
-1,58
1,13B
421,20M
32.552
VALE3
VALE ON
36,24
+0,36
642,29M
707,47M
34.044
PETR4
PETROBRAS PN
15,01
-1,12
561,97M
606,38M
32.439
ITSA4
ITAUSA PN
10,50
-0,28
386,84M
146,05M
20.944
ABEV3
AMBEV S/A ON
20,97
-0,38
377,68M
289,20M
33.139
BBDC4
BRADESCO PN
32,78
-0,79
348,89M
316,34M
19.399
BVMF3
BMFBOVESPA ON
22,06
+0,36
270,01M
239,70M
20.685
BBAS3
BRASIL ON EJ
30,43
-0,39
230,64M
306,33M
15.839
KROT3
KROTON ON
17,30
-1,14
186,63M
134,44M
16.680
BRFS3
BRF SA ON
36,36
-2,52
161,71M
142,85M
17.288
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA
O Congresso aprovou na noite de ontem o Orçamento para 2018 da União com valor total de gastos de R$ 3,57 trilhões, incluindo a parcela necessária ao refinanciamento da dívida pública. Entre outros pontos, o texto prevê a destinação de R$ 1,7 bilhão para o fundo eleitoral criado para financiar as campanhas eleitorais do ano que vem, como prevê crescimento de 2,5% para o PIB (Produto Interno Bruto) e déficit primário de R$ 157 bilhões, número pouco menor do que os R$ 159 bilhões apontados pela meta fiscal.