Itaú estuda nova emissão de títulos perpétuos para reforçar capital

Banco pretende emitir mais títulos perpétuos no mercado internacional

Bloomberg

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O Itaú Unibanco Holding, o maior banco da América Latina por valor de mercado, está avaliando se deve emitir mais títulos perpétuos internacionalmente para liberar capital, de acordo com Caio David, CFO: “é mais eficiente do ponto de vista dos acionistas ter tanta dívida subordinada quanto possível”, afirmou em entrevista para a Bloomberg.

O Itaú pode ter até 150 pontos base de seu capital de Nível 1 composto por dívida perpétua. O banco emitiu títulos deste tipo em 2017, representando apenas 60 desses pontos base. O Itaú poderia voltar, no futuro, ao mercado de dívida perpétua, dependendo das condições, disse David, sem especificar um cronograma para a emissão.

Os acionistas se beneficiam do excesso de capital, que pode ser devolvido a eles sob a forma de dividendos ou usado para recomprar ações, o que reduziria o número de ações e aumentaria o dividendo pago por ação. Se o banco decidir cancelar as ações que compra, como o Itaú fez recentemente, as mesmas participações dos acionistas representarão uma maior fatia do capital total.

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Em 5 de dezembro, o Itaú definiu o preço de seus primeiros títulos subordinados perpétuos, com um total de US$ 1,25 bilhão a uma taxa fixa de 6,125 por cento ao ano, que será aplicável até o quinto aniversário da data da emissão; o cupom será definido novamente a cada cinco anos.

Em 15 de dezembro, o Itaú disse que cancelaria cerca de 32 milhões de ações com direito a voto que comprou em uma venda em bloco, em 14 de dezembro, da Fundação Antonio e Helena Zerrenner (FAHZ), um acionista da Ambev, por cerca de R$ 1,18 bilhão, de acordo com comunicado.

Empresas brasileiras, como a Rumo e a Rede D’Or São Luiz, estão considerando emitir novos títulos, considerando que o CDS 5 anos do Brasil chegou a cair para abaixo de 146 pontos base, no menor nível desde setembro de 2014.

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