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SÃO PAULO – Depois de muita especulação, a S&P (Standard & Poor’s) finalmente cortou o rating do Brasil de ‘BB’ para ‘BB-‘, fato que era temido por muitos investidores pela demonstração de descrença com o futuro do País. Contudo, a reação do mercado nesta sexta-feira (12) mostrou que toda essa preocupação era demasiada e muito dessa expectativa já estava precificada. Para ajudar, a inflação ao consumidor nos EUA desacelerou em dezembro, o que dá espaço para o Fed seguir com sua política monetária expansionista.
O benchmark da bolsa brasileira fechou praticamente estável, com leve queda de 0,02%, aos 79.349 pontos, movimento que pode ser considerado natural depois de subir forte nas duas últimas semanas. Com isso, o índice encerrou a semana com leve alta de 0,35%. O volume financeiro nesta sessão ficou em R$ 9,113 bilhões.
Enquanto isso, os “indicadores do pânico”, juros futuros, dólar e o CDS (Credit Default Swaps) de 5 anos, um dos mais importantes índices de risco do mercado financeiro, também não se “assustaram” com o corte de rating. O dólar comercial, por exemplo, fechou praticamente na mínima do dia, com queda de 0,38%, cotado a R$ 3,2062 na venda, mínima desde 19 de outubro.
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“De fato, o anúncio não foi nenhuma novidade, já era amplamente esperado que teríamos esse rebaixamento por conta do fracasso do governo em avançar com a reforma da Previdência, já que em 2018 o calendário político mais curto dificultaria esse avanço”, afirmou Thiago Salomão, editor-chefe e analista do InfoMoney.
Além de não ser necessariamente uma novidade, um dos grades temores quando uma agência de classificação de risco corta o rating de um país é sobre a solvência da economia, situação que no momento não preocupa a S&P. Ao alterar a perspectiva de rating de negativa para estável, a agência justificou o setor externo sólido, remetendo a sólida posição das reservas internacionais, como das melhores expectativas para a economia neste ano.
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Apesar do corte servir como um reforço do discurso do governo para aprovar a Previdência, a expectativa é de que não haja muitas mudanças na percepção dos deputados. Conforme aponta o BofA, a reforma continua a ser uma medida impopular e a proximidade do ciclo eleitoral naturalmente faz com que os deputados tendam a não apoiar a medida. Agora, aponta o BofA, o foco se volta para a Moody’s e a Fitch, que ainda vão tomar uma decisão: “não há cronogramas claros para a revisão da nota, mas uma rejeição da reforma da previdência na Câmara – que deverá ser votada na semana de 19 de fevereiro – pode desencadear um downgrade pelas agências”, afirma.
Inflação não é problema nos EUA
O CPI (índice de inflação ao consumidor, na tradução livre) norte-americano desacelerou de 0,4% para 0,1% na passagem de novembro para dezembro, em linha com o projetado pelo mercado. Com o resultado abaixo do esperado, que se soma à deflação de 0,1% da inflação ao produtor na última quinta-feira (11), os investidores elevam as apostas de que o Fed seguirá com sua política monetária expansionista, assim como reduzem a probabilidade de aumento da taxa de juros este ano. Ainda falando sobre agenda econômica, as vendas no varejo nos EUA avançaram 0,4% na passagem de novembro para dezembro, enquanto os analistas esperavam por um crescimento de 0,5%. Por aqui, os dados do setor de serviço surpreenderam ao registrar crescimento de 1% na passagem de outubro para novembro, enquanto o mercado esperava por uma queda de 1%. Destaques do mercado
Do lado positivo, as ações do setor siderúrgico seguem liderando as altas, refletindo ainda o relatório otimista do BTG reforçando a compra dos papéis, enquanto os papeís da Kroton (KROT3) recuam pelo segundo pregão em vista do rebaixamento para “neutro” pelo JP Morgan na última quinta-feira (11). As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram: As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações Noticiário político Dos dois lados, a leitura foi a de que para sinalizar que o árbitro do jogo é ele. Temer atirou nos aliados que tentam se projetar com as próprias pernas e enalteceu Alckmin, alvo de desconfiança sobre suas chances dentro do próprio partido. Quer investir melhor seu dinheiro? Clique aqui e abra a sua conta na XP Investimentos
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
GOAU4
GERDAU MET PN
6,85
+2,54
+18,31
253,26M
ECOR3
ECORODOVIAS ON
12,39
+2,40
+0,73
21,99M
USIM5
USIMINAS PNA
11,02
+2,04
+21,10
373,91M
HYPE3
HYPERMARCAS ON
36,50
+1,93
+4,05
67,83M
CSAN3
COSAN ON
41,70
+1,81
+0,48
35,84M
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
KROT3
KROTON ON
17,01
-4,33
-7,55
207,22M
CSNA3
SID NACIONALON
10,51
-3,13
+25,42
240,21M
ESTC3
ESTACIO PARTON
33,00
-2,63
+0,55
191,19M
MRFG3
MARFRIG ON
6,88
-2,55
-6,01
7,98M
CPLE6
COPEL PNB
23,35
-2,30
-6,41
20,21M
Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
PETR4
PETROBRAS PN
17,30
+0,29
782,22M
514,98M
36.758
VALE3
VALE ON
43,55
+0,58
639,45M
583,29M
31.200
USIM5
USIMINAS PNA
11,02
+2,04
373,91M
136,29M
24.203
GGBR4
GERDAU PN
14,97
0,00
355,46M
148,62M
29.015
ABEV3
AMBEV S/A ON
21,60
-1,14
317,69M
245,04M
27.372
ITUB4
ITAUUNIBANCOPN ED
45,33
-0,09
309,46M
555,82M
19.087
GOAU4
GERDAU MET PN
6,85
+2,54
253,26M
88,83M
28.100
BBAS3
BRASIL ON
34,13
+0,24
240,94M
218,87M
17.108
CSNA3
SID NACIONALON
10,51
-3,13
240,21M
94,02M
24.289
ITSA4
ITAUSA PN
11,41
+0,26
211,39M
154,88M
36.784
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA
Como se não bastasse a tensão com o rebaixamento de rating, o governo enfrenta outras questões, com destaque para as articulações para 2018. Segundo afirma a Folha, aliados de Maia e Meirelles reagem negativamente à fala de Temer ao Estadão sobre as candidaturas, afirmando que Maia “não tinha nada a perder”, que prefere Meirelles na Fazenda e tecendo elogios a Geraldo Alckmin.