Ainda tentando entender o forte rali da bolsa desde dezembro? Esse gráfico diz tudo

Saldo dos investidores estrangeiros explica o forte apetite pelo mercado brasileiro

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Com alta de 7.800 pontos e 18 pregões, a disparada de 10% do Ibovespa pegou muita gente de surpresa, já que não tivemos uma grande novidade no noticiário para justificar todo esse otimismo, na verdade pelo contrário, pois neste espaço de tempo tivemos o rebaixamento do rating pela S&P (Standard & Poor´s) e o enfraquecimento do governo para reunir os votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência em fevereiro. Então, o que pode explicar esse movimento?

Não podemos negar que as melhores perspectivas para a economia brasileira, o que impacta diretamente nas projeções de lucros para as empresas, impulsionou o mercado, mas o verdadeiro “motor” de toda essa alta do mercado foi o fluxo dos investidores estrangeiros. Com 47% de participação nas negociações na bolsa brasileira, acompanhar as movimentações dos estrangeiros sempre foi um bom indicativo sobre a tendência do Ibovespa, tendo em vista que cerca de metade de todas as transações efetuadas partem desses investidores.

De 20 de dezembro do ano passado até 17 de janeiro, quando o mercado iniciou seu rali de alta e atingiu a faixa de 81 mil pontos, o saldo diário dos investidores estrangeiros, que trata-se da diferença entre o volume de compra e venda registrado naquele pregão, em todas as sessões os comprados superaram os vendidos. A influência fica ainda mais clara quando verificado o saldo acumulado dos investidores estrangeiros: no mesmo período, o fluxo está positivo em R$ 8,56 bilhões, enquanto o índice saltou de 73.400 pontos até 81.200 pontos. O gráfico abaixo mostra essa relação:

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Contrapartida do movimento

Na contrapartida das compras dos estrangeiros, os investidores institucionais acumulam do primeiro pregão do ano até o dia 17 de janeiro fluxo negativo de R$ 2,01 bilhões, com vendas de R$ 31,01 bilhões e compras atingindo R$ 29,07 bilhões. No mesmo ritmo, o segmento pessoa física registra saldo negativo de R$ 2,53 bilhões, com as posições vendidas de ações somando R$ 22,54 bilhões, enquanto as compradas em R$ 20 bilhões.