Ações da Vale e Hering confirmam sinal de queda e oferecem oportunidade de venda

Vale consolida Topo Triplo, enquanto Hering ganho novo momento de baixa no curto prazo

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – O clima de maior aversão ao risco por conta do julgamento do Lula na próxima quarta-feira (24), que faz o Ibovespa recuar cerca de 1%, atingiu em cheio as ações de Vale (VALE3) e Hering (HGTX3) nesta terça-feira (23), que com a queda confirmaram sinal de venda e abrem caminho para uma correção mais forte no curtíssimo prazo.

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No caso da mineradora, a perda de R$ 42,29 com um gap de baixa logo na abertura e volume projetado acima da média consolidou o “Topo Triplo” (círculos pretos) que vinha sendo formado em meados deste mês, quando o OBV (On Balance Volume) mostrava a perda de interesse dos comprados em seguir com sua tendência de alta principal, ou seja, romper o topo cravado em R$ 43,75 enquanto estava congestionado. Um “Topo Triplo” é formado quando os preços vêm em uma tendência de alta, sofrem correção, mas não desistem e tentam novamente superar a máxima por duas vezes, mas o baixo volume no compra impede o rompimento, de modo que voltam para perder o último fundo. Para entender esse movimento, nada melhor que o próprio gráfico da Vale:

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Em termos operacionais, a operação de venda foi acionada na perda de R$ 41,86, justamente quando o papel confirmou a força de venda gerada pelo gap de baixa aberto na abertura do pregão, como mostra o gráfico de 15 minutos abaixo. Neste caso, o stop loss da operação deve ficar no topo intermediário em R$ 43,16 (-3%), ao passo que deve ser elevado caso confirme o rompimento de R$ 42,29. Por se tratar de uma operação contra a tendência, sempre recomendamos entrar com lote reduzido, em vista do maio risco do trade.

Agora, o grande desafio fica por conta da média móvel exponencial de 21 dias. Encerrando o pregão abaixo da referência, a mineradora deixará para trás seu último suporte relevante e o caminho estará aberto para fechar o gap em R$ 40,26 (+4%) – objetivo final da operação.

Hering não agradou

Destaque de baixa do Ibovespa com queda de 5%, as ações da Hering deixaram para trás R$ 23,54 e oferecem uma oportunidade de venda logo no começo do dia, uma vez que acionaram um “pivô de baixa”, abrindo as Bandas de Bollinger para baixo (ganho de volatilidade na venda) e renovando sua tendência de baixa de curto prazo, repesentada pelo canal de baixa do gráfico diário (linhas roxas).

Como o papel já caiu demais do ponto de entrada, uma venda neste momento não oferece uma boa relação de risco x retorno, ao passo que o trader deve esperar por um repique intradiário em R$ 22,94 para entrar vendido no papel. Com a perda do suporte e o novo momento de baixa, as ações possuem caminho livre para testar a região entre R$ 21,70 e R$ 21,30, por onde passam, respectivamente, a banda inferior do canal de baixa de curto prazo e o objetivo do pivô de baixa formado. A expectativa negativa somente será anulada com o rompimento de R$ 23,54.

Somado ao aspecto técnico, a forte queda da empresa está relacionada ao fraco desempenho das vendas do quatro trimestre. As vendas pelo critério “mesmas lojas” (unidades abertas há mais de um ano) recuaram 1,1% frente ao mesmo período do ano passado, resultando em um crescimento de 5,3% no acumulado de 2017, o que significa uma perda de market share, já que indústria varejista cresceu 8% até novembro do ano passado, explica o Credit Suisse. O BTG Pactual também não gostou dos números e reforçou sua visão cautelosa para a empresa pela falta de recuperação nas vendas, um dos principais drivers positivo dos papéis.

O analista responsável é Rafael Ribeiro (CNPI-T EM-946)

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