Siderúrgicas e Vale caem até 5% com minério; Petrobras recua 3% e Suzano dispara mais 7%

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (19)

Rodrigo Tolotti

Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB3)

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As ações da Suzano voltaram a subir forte após a disparada superior a 20% na sexta, enquanto a Fibria chegou a cair mais de 1%, mas amenizou durante a tarde. A repercussão sobre a união das operações entre a Fibria e Suzano, formando a maior empresa de papel e celulose do mundo, segue no radar.  A agência de classificação de risco Fitch reafirmou o rating de longo prazo e em moeda estrangeira da Suzano em BBB-, com perspectiva estável, e alterou a perspectiva de positiva para estável da nota BBB- da Fibria.

A Fitch comentou que as classificações da Suzano e da Fibria foram confirmadas após o anúncio da fusão entre elas em fato relevante. “A transação proposta incorpora uma reestruturação societária, o que resultará na titularidade da Suzano de todas as ações de emissão da Fibria. A transação deverá ser fechada nos próximos 12 meses”, comenta a agência. 

Veja mais em: Suzano +27%, Fibria -11%: 4 motivos de por que uma não para de subir e a outra não para de cair

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Para a Fitch, a compra da Fibria pela Suzano “criará o principal produtor mundial de celulose do mercado”. A agência ainda diz que “a excelente posição comercial como um produtor de celulose de mercado de baixo custo e sua capacidade de diluir custos fixos reforçarão ainda mais a capacidade da empresa” na geração de um fluxo de caixa forte durante as baixas de preços cíclicas.

Já a Standard & Poor’s elevou a nota de crédito da Suzano Papel e Celulose de BB+ para BBB-, reduzindo a perspectiva de positiva para estável. Entre as recomendações, a Suzano foi elevada a outperform (performance acima da média) pelo Credit Suisse.

Vale (VALE3)

A ação da Vale registrou forte queda na esteira do minério de ferro, que continua em sua trajetória de queda e tem perdas de 4,54% (a 484 iuanes) na China, em meio à apreensão sobre os estoques no país, que subiram para níveis sem precedentes; o receio de decepções sobre demanda também pesam. Cabe destacar ainda que as tarifas norte-americanas ao aço e alumínio entram em vigor nesta semana. 

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Com isso, as ações de Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) também registraram baixa entre 2% e 5%. A holding da Vale, a Bradespar (BRAP4), também teve queda expressiva. 

Já no radar da Vale, em entrevista ao Financial Times, o presidente Fabio Schvartsman, afirmou que, apesar do conselho decidir sobre a nova política de dividendos, a preferência dele é que ela seja vinculada de alguma forma à geração de caixa da empresa, e não necessariamente aos resultados.

Sobre a meta de dívida de US$ 10 bilhões para 2018, ele pontua: “quanto mais cedo chegarmos lá, mais cedo podemos começar a pagar bons dividendos”.  Schvartsman ainda afirmou que pretende transformar a Vale em uma empresa mais “previsível”. 

Cemig (CMIG4)

A Cemig registrou a terceira sessão de ganhos. Na semana passada, o Bradesco BBI destacou A proposta preliminar publicada no início de março pela ANEEL surpreendeu positivamente. 

A proposta preliminar que elevaria em média em 25,8 por cento as contas dos clientes da companhia. A audiência pública sobre a proposta de revisão tarifária ficará aberta para contribuições entre 7 de março e 21 de abril.

JBS (JBSS3)

A JBS informou que concluiu na sexta-feira,  no contexto do seu Programa de Desinvestimentos, a alienação da totalidade das operações de confinamento da Five Rivers Cattle Feeding para afiliadas da Pinnacle Asset Management, L.P., por aproximadamente US$ 200 milhões, incluindo o valor de mercado do estoque de silagem e grãos.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que em conjunto com a aquisição dos ativos da Five Rivers EUA, o comprador assinou um contrato de longo prazo para fornecimento de gado às unidades de abate do grupo JBS em território norte-americano.

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“Com a conclusão da venda da Five Rivers EUA, a JBS encerra a bem-sucedida implementação do seu programa de desinvestimentos, que resultou em uma importante desalavancagem e reforço de liquidez para a companhia”, diz a empresa.

BRF (BRFS3)

A S&P cortou o rating de BRF de BBB- para BB+, com perspectiva negativa. “Os diversos eventos negativos recentes, somados a um balanço patrimonial mais fraco do que o histórico, deverão dificultar uma redução mais significativa da alavancagem da produtora brasileira de alimentos BRF no curto prazo, fatores estes que seriam essenciais para a manutenção do grau de investimento”, disse a agência em comunicado. A médio e a longo prazo, a S&P acha que existem potenciais riscos de reputação para as marcas da BRF serem vinculadas aos erros ainda não comprovados da empresa 

Entre as recomendações, a companhia foi rebaixada a ‘neutra’ pelo UBS, com preço-alvo de R$ 28,50. 

Petrobras (PETR4)

As ações da Petrobras tiveram um dia de queda, em uma sessão de maior aversão ao risco do mercado e de olho na cotação do petróleo. A commodity teve queda, com aumento de produção nos EUA e já aguardando a divulgação dos seus estoques na próxima quarta-feira.

Recomendações

Além de BRF e Suzano, destaque para as recomendações do Magazine Luiza (MGLU3). A varejista teve a recomendação reduzida de outperform para marketperform (desempenho em linha com a média do mercado) pelo Itaú BBA, com preço-alvo sendo elevado de R$ 59 para R$ 94, enquanto o Bank of America Merrill Lynch manteve recomendação de compra e elevou o preço-alvo de R$ 90 para R$ 120. 

Já a Multiplan (MULT3) foi elevada a ’outperform’ pelo Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 76,00. Por fim, a Linx (LINX3) foi elevada a outperform pelo Bradesco BBI, com preço-alvo de R$ 25,00. 

Eletrobras (ELET6)

O Valor Econômico informa que um passivo atualmente estimado em cerca de R$ 15 bilhões é alvo de divergência entre governo e a Eletrobras, podendo ser mais um fator de incerteza no processo de privatização em curso.

O volume, que está provisionado no balanço da companhia, refere-se a uma dívida relativa à correção de empréstimos compulsórios realizados junto a grandes empresas do setor privado nos anos 70 e 80 para viabilizar a expansão da estatal no país.

A empresa de energia entende que a União deveria ser “solidária” nessa dívida. Contudo, parte relevante do governo rejeita essa tese e aponta que caberá à Eletrobras privatizada resolver as disputas judiciais, porque terá mais liberdade para agir nos tribunais e negociar com os credores condições mais favoráveis.

EcoRodovias (ECOR3)

A EcoRodovias aprovou na sexta-feira os nomes dos advogados Antonio Mendes e Marcos Paulo Veríssimo para o comitê que analisará e investigará de forma independente os fatos indicados no inquérito investigativo que mencionou subsidiárias Concessionária Ecovia Caminho do Mar e Rodovia das Cataratas S.A. – Ecocataratas, disse a companhia em comunicado ao mercado.

CCR (CCRO3)

Também no noticiário das concessionárias, em esclarecimento à matéria do Estadão de que estaria interessada em comprar participação na Invepar, a CCR informou que  não há negociação vinculativa em curso com a companhia, seja no mercado primário ou secundário.

M.Dias Branco (MDIA3)

A M.Dias Branco teve aval do Cade à aquisição da Piraquê. O negócio foi aprovado sem restrições, segundo despacho do Conselho publicado no Diário Oficial. Em 29 de janeiro, o Conselho da companhia aprovou a aquisição da Piraquê.

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.