Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta terça-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os mercados internacionais têm uma terça-feira (20) sem direção, com o minério de ferro mantendo sua derrocada. Nos EUA, o mercado segue cautela à espera da reunião do Federal Reserve, após uma forte queda em Wall Street na véspera em meio ao escândalo que afetou o Facebook. Por aqui, as atenções se voltam o encontro do STF  para debater prisão em segunda instância, reunião esta que será altamente monitorada. Confira os destaques do mercado:

  1. 1. Bolsas mundiais

Os contratos futuros norte-americanos recuam mais uma vez nesta manhã, aguardando a reunião do Fed (Federal Reserve) que acontecerá nesta semana, a primeira comandada por Jerome Powell. A expectativa é que o banco central norte-americano volte a elevar juros amanhã, mas os investidores estarão atentos às possíveis sinalizações que indiquem quantas vezes as taxas básicas poderão ser aumentadas em 2018.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção definida. No Japão, a bolsa registrou nova queda, por conta dos receios por um aumento mais agressivo na taxa de juros norte-americana. Na China, por outro lado, o dia foi levemente positivo, com destaque para o pedido do primeiro-ministro Li Keqiang aos EUA, para que estes ajam de “forma racional” e evitem a “guerra comercial”, em meio às notícias de que o país norte-americano pretende impor tarifas a produtos chineses após investigação sobre apropriação de propriedade intelectual. 

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O minério de ferro tem mais um dia de queda e acumula perdas de 2,55% (a 459 iuanes) na China, pesando novamente a apreensão sobre os estoques no país e o receio por uma demanda mais fraca. Enquanto isso, o petróleo tem dia de recuperação, com aumento da tensão entre Arabia Saudita e Irã, além de preocupações com uma nova queda de produção na Venezuela.

Às 7h35 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,07%

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*Dow Jones Futuro (EUA) -0,20%

*DAX (Alemanha) +0,09%

*FTSE (Reino Unido) +0,17%

*CAC-40 (França) +0,05%

*FTSE MIB (Itália) +0,21%

*Nikkei (Japão) -0,47% (fechado)

*Shangai (China) +0,34% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,11% (fechado)

*Petróleo WTI +0,73%, a US$ 62,51 o barril

*Petróleo brent +0,85%, a US$ 66,61 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -2,55%, a 459 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.519,15 +3,03%
R$ 28.100 +4,31% (nas últimas 24 horas)

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2. Agenda econômica

Em dia de agenda de indicadores fraca, o mercado fica de olho no primeiro dia das reuniões do Fomc e do Copom, que trarão decisão de política monetária na próxima quarta-feira. Enquanto a expectativa é de alta de juros em 0,25 ponto percentual pela autoridade monetária americana, o Copom deve reduzir a Selic a 6,5% ao ano e sinalizar porta ‘quase fechada’ para maio. Nesta terça-feira, o Banco Central oferta até 14 mil contratos de swap para rolagem nesta terça, enquanto o Tesouro vai vender até 1,3 milhão de NTN-B, com resultado a partir das 11h45.

Ainda no noticiário econômico, destaque para a nota do Valor Econômico de que os secretários-executivos do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Paulo Pedrosa afirmaram que, caso não sejam alçados ao cargo de ministro em suas respectivas áreas, com a provável saída de Henrique Meirelles (PSD) e Fernando Coelho Filho (sem partido) para disputar as eleições, eles não pretendem mais continuar no governo.

3. IMTV

Na InfoMoney TV, o programa “Mundo Bitcoin” recebe a partir das 14h15 o especialista Courtnay Guimarães, que irá falar sobre como o blockchain está revolucionando o mundo todo. Ele explicará uma pouco sobre o que é está tecnologia que guia as criptomoedas e ainda trará novidades de aplicações e sua pesquisa de classificação de blockchains.

4. Notícias do dia

Em destaque, o STF (Supremo Tribunal Federal) realizará nesta terça reunião dos ministros do tribunal, a pedido do ministro Celso de Mello, para discutir a questão da prisão após condenação em segunda instância. Os ministros tentam buscar uma possível solução para o impasse em torno do tema. O encontro será no gabinete da presidente do STF, Cármen Lúcia, que tem resistido a pautar um novo julgamento dessas ações e do habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Na segunda-feira, Gilmar Mendes negou habeas corpus coletivo apresentado por dez  advogados do Ceará contra prisão após 2ª instância. Ele afirmou que o ministro considerou que o pedido é amplo demais e poderia beneficiar todo tipo de preso. 

Em nota, a consultoria de risco Eurasia apontou que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ser cada vez mais provável, dada a resistência do STF para colocar em discussão casos envolvendo prisões após a decisão dos tribunais de apelação. Contudo, se Lula for preso, há chance de que ele seja solto no final deste ano, já que o STF continua a deliberar mudanças na interpretação da Constituição sobre a implementação de penas de prisão antes de todos os recursos legais estarem esgotados, afirmam os analistas políticos. De qualquer forma, as chances de Lula ser desqualificado da eleição presidencial são muito altas e aumentariam ainda mais se os tribunais negarem uma liminar, ainda não arquivada, para suspender sua inelegibilidade. 

5. Noticiário corporativo

Em destaque no radar corporativo, a Embraer pode se beneficiar da compra de aviões executivos pelas áreas marroquinas, possibilidade destacada pelo primeiro-ministro do país, Saad Eddine El Othmani, durante encontro com o presidente Michel Temer. A Eletrobras, por sua vez, pode ter dificuldades para conseguir a aprovação de sua privatização no Congresso, segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Já a Cemig anunciou que realizará a alienação das sobras das ações não subscritas, tendo como preço o valor de R$ 7,01 pras ações ordinárias e R$ 7,90 pras preferenciais.

A Eternit comunicou que solicitou recuperação judicial, visando preservar a continuidade das atividades da empresa e os interesses dos credores e acionistas. Por outro lado, a Minerva realizou a emissão de títulos representativos de dívida, além de recomprar os antigos títulos perpétuos de dívida. No radar dos ratings, a Engie teve seu rating reafirmando em “AAA” pela agência Fitch. Nos resultados, a Mahle reportou lucro líquido de R$ 43,5 milhões no quarto trimestre de 2017, revertendo o prejuízo visto no mesmo período do ano anterior. Já entre as recomendações, a Metal Leve foi rebaixada a ‘market perform’ por Itaú BBA. Cabe destacar também que no Infotrade, o destaque do dia é o Itaú, que abriu sinal de alerta para os comprados, na visão do analista Rafael Ribeiro.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.