Goldman Sachs indica compra da bolsa brasileira e projeta queda expressiva do dólar

Banco de investimento coloca o Brasil como uma das principais apostas entre os mercados emergentes

Bloomberg

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O banco que alertou em 2015 que a maior economia da América do Sul estava afundando em recessão agora vê o Brasil como uma de suas principais escolhas nos mercados emergentes, que estão “avançando” diante do aumento das taxas de juros globais e dos receios do protecionismo.

“Apesar do ’drawdown’ das ações dos mercados desenvolvidos e do aumento da volatilidade, as bolsas de câmbio e as ações dos mercados emergentes têm sido resilientes”, afirmaram os economistas do Goldman, incluindo Andrew Tilton em Hong Kong e Alberto Ramos em Nova York, em nota de 17/abril. Ainda há “espaço para crescer” para os mercados emergentes, disseram eles. Drawdown é o percentual de queda a partir do último ponto máximo.

Entre os negócios recomendados pelo grupo e “perspectivas convictas” estão compra de ações de cias. brasileiras, além de moedas do Brasil, Chile e Peru frente ao dólar. Talvez a mais atraente previsão seja a de que o real passe de R$ 3,4078, na última terça-feira, e chegue a R$ 3 por dólar em três meses — um aumento de quase 14%.

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A aposta do Goldman se destaca frente a mediana das estimativas de R$ 3,30 para o final de junho e R$ 3,33 para o final de setembro, segundo pesquisa Bloomberg.

Outro vencedor na visão de Goldman é o rand da África do Sul, que deve se apreciar cerca de 9% no próximo ano, de 12, na terça-feira, para 11 por dólar. A moeda é “uma das oportunidades idiossincráticas mais claras”, com o novo governo oferecendo um aumento de confiança, escreveram os analistas.

No Brasil, o Goldman não está sozinho em seu otimismo. Uma pesquisa feita junto a gestores e analistas financeiros em evento em Miami no mês passado mostrou que o país é o preferido do investidor, no período que antecede as eleições presidenciais de outubro.

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Mais amplamente, 67% dos participantes em uma pesquisa mensal de gestores de fundos realizada pelo Bank of America Merrill Lynch divulgada na terça-feira apontou que a América Latina tem mais chances de apresentar desempenho outperfrom em relação a outros mercados emergentes nos próximos seis meses.

Os analistas do Goldman afirmaram que ainda há “risco não negligenciável de reversões de políticas” no Brasil, junto com o México – que enfrenta eleições presidenciais em julho.

Mesmo assim, o cenário econômico da América Latina está melhorando ainda mais em 2018, com uma recuperação do crescimento e inflação moderada em vários países, disse o banco.

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