Vale e siderúrgicas caem mais de 1% com minério; Marfrig sobe 2% e Petrobras ameniza com fala de Maia

Confira os destaques do pregão desta terça-feira na B3

Rodrigo Tolotti

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Petrobras (PETR4)
As ações da Petrobras chegaram a zerar as perdas após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, falar que acertou com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que irá zerar a Cide para reduzir o preço do diesel. Porém, logo em seguida, os papéis voltaram a perder força, encerrando em queda, mas longe das mínimas do dia.

Nas redes sociais, Maia afirmou que combinou com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e com o governo federal que “os recursos da reoneração [da folha de pagamento] serão todos utilizados para reduzir o impacto do aumento do diesel”. Além disso, ele disse ter acertado com a Fazenda que a Cide será zerada com o mesmo objetivo.

Eunício confirmou a informação em seu Twitter e ainda afirmou que seguirá “trabalhando para que o consumidor seja o mais rapidamente beneficiado com a redução dos preços dos combustíveis”.

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Na noite de ontem, o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, informou que o governo estuda uma forma de tornar os preços dos combustíveis mais “previsíveis”. Em entrevista dada antes de entrar em reunião de emergência realizada na noite de segunda-feira no Palácio do Planalto, Padilha disse que o governo está preocupado com o aumento constante do preço dos combustíveis, mas ressaltou que ainda não há uma definição do que será feito.

Por outro lado, após uma reunião realizada na manhã desta terça, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que não houve pressão do governo para qualquer alteração na política de preços da companhia. “É reconhecido que [o preço] é uma consequência de mercado internacional e do câmbio. Não houve discussão em relação à política de preços, está exatamente como antes, sem qualquer mudança”, afirmou.

Em um ambiente de temor por ingerência, a companhia anunciou nesta terça-feira uma redução no preço da gasolina, de R$ 2,0867/litro para R$ 2,0433/litro, e do diesel, de R$ 2,3716/litro para R$ 2,3351/litro. As alterações correspondem a respectivos cortes de 2,08% e 1,54%. O movimento ocorre em contraste com a alta do petróleo no mercado internacional nos últimos dias. Nesta sessão, a commodity atinge seu maior nível desde 2014, ao passo que os papéis da Petrobras operam em baixa.

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Marfrig (MRFG3)
O presidente da companhia, Marcos Molina, acertou um termo de compromisso com o Ministério Público Federal. O acordo trata da “reparação de eventuais danos relacionados à operação Cui Bono”, de acordo com comunicado. “Vale destacar que não se trata de um acordo de delação ou colaboração, e não configura admissão de culpa, de modo que suas atividades empresariais não serão impactadas”, afirmou a empresa.

Segundo a Marfrig, o termo de compromisso “isenta a companhia de qualquer tipo de pagamento e impacto patrimonial futuro”. Em outro comunicado, o MPF disse que o controlador do frigorífico se comprometeu a pagar R$ 100 milhões a título de danos materiais, morais e sociais.

Siderúrgicas

As ações do setor operam em queda neste pregão. O Inda (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço) reportou dados negativos para a demanda de aço em abril, com as vendas atingindo 225 mil toneladas, o que corresponde a uma queda de 14% na comparação mensal, mas alta de 5% em bases anuais. Para os analistas do Itaú BBA, o resultado foi negativo, mas esperado. Nesta sessão, as ações de Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) fecharam no campo negativo. Já os papéis da CSN (CSNA3) destoaram encerrando com alta de mais de 1%.

B3 (B3SA3)
A partir de 1º de junho, Pedro Parente não será mais membro do conselho de administração da B3. Em seu lugar, no comando do conselho da companhia, assumirá Antonio Carlos Quintella.

Eletropaulo (ELPL3)
A Enel Investimentos Sudeste protocolou solicitação de anuência prévia para uma possível aquisição de até 100% das ações ordinárias emitidas pela Eletropaulo.

Anima (ANIM3)
O conselho da companhia aprovou sua primeira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no montante total de R$ 150 milhões.

SulAmerica (SULA11)
As ações da empresa foram elevadas a “outperform” pelo Bradesco BBI.

Valid (VLID3)
O conselho da companhia aprovou a realização de sua sétima emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no montante total de R$ 360 milhões. O prazo de vencimento dos papéis será de cinco anos. Sobre o valor nominal unitário das debêntures, incidirão juros remuneratórios correspondentes a 115% da variação acumulada dos DIs de um dia.

Porto Seguro (PSSA3)
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deu aval à DaVita Healthcare para a compra da Porto Centros.

(com Agência Estado e Bloomberg)

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.