Small cap salta 12% com rumor sobre fusão; Petrobras cai mais de 2% e BRF amarga perdas

Confira o que é destaque na B3 na sessão desta quarta-feira

Lara Rizério

IMC (MEAL3)

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Os papéis da small cap IMC,dona das redes Viena e Frango Assado, chegaram a registrar altas superiores a 12% nesta sessão após o jornal Folha de S. Paulo informar que a empresa entrou em acordo para unir suas operações com a Sapore, que produz refeições corporativas. 

Segundo o jornal, os termos da transação ainda estão sendo finalizados , mas há previsão de fusão entre as companhias. Os acionistas da IMC ficariam com 65% e a Sapore com 35%.

Em nota de esclarecimento, a IMC informou que a sua diretoria tem mantido tratativas com os representantes da Sapore S.A., mas não foi alcançado, até este momento, qualquer acordo sobre uma potencial operação envolvendo a empresa. “Por fim, a companhia reitera seu compromisso de fornecer tempestivamente informações relevantes e adequadas a seus acionistas e ao mercado em geral nos termos da regulamentação aplicável”, avalia a IMC. 

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BRF (BRFS3)

A BRF, que teve queda de 3% na véspera, segue em baixa em meio à declaração negativa do vice-presidente de eficiência corporativa, Jorge Luiz de Lima, sobre o mercado internacional. O executivo participou de audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado para tratar dos impactos da crise da empresa em Goiás, onde foram paralisadas temporariamente duas plantas de peru devido ao embargo da União Europeia.

Segundo ele, a perspectiva futura é pessimista devido à “Guerra Comercial” contra a proteína no Brasil, cujo impacto para BRF é mais significativo por ser líder nas exportações globais de frango. Na semana passada, a China aumentou o imposto sobre a carne de frango brasileira.

“Apesar de acreditarmos que a possibilidade de entrada de uma nova diretoria seja um risco positivo para recuperação da empresa, ainda são necessárias a concretização disso e maior visibilidade sobre a estratégia da companhia, com um caminho operacional ainda difícil por vir”, destaca a equipe de análise da XP Investimentos.

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A companhia ainda fechou a linha de produção em Goiás. O corte na linha de produção de perus se deve às restrições dos mercados externos. Segundo a companhia, a produção de perus será concentrada em Chapecó, sendo esta mais uma notícia negativa para a companhia. 

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau anunciou que obteve decisão desfavorável em segunda instância, relativa à acusação de que a Gerdau e outros produtores de aços longos teriam infringido a legislação antitruste. Os papéis chegaram a cair 2,20%, mas depois amenizaram as perdas. 

Em 1ª instância foi determinado o pagamento de uma multa de 7% sobre o faturamento bruto do exercício anterior à instauração do processo, que conforme a última atualização, ainda de 2013, correspondia a R$ 417,8 milhões. 

A Gerdau disse que vai buscar “todos os remédios jurídicos cabíveis para defesa de seus direitos”. “A companhia esclarece, finalmente, que suas práticas comerciais são fundamentadas nos princípios da transparência e da livre concorrência”, afirmou em comunicado. 

Embraer (EMBR3)

As ações da Embraer oscilam após os fortes ganhos de cerca de 6% da véspera, em meio à notícia da Bloomberg de que a  joint venture com a  Boeing precisa de apenas mais 10% de detalhes para ser fechado. Segundo fonte próxima a Michel Temer, o presidente deu aval à
proposta.

Ambev (ABEV3)

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, 59 fabricantes de refrigerantes, entre elas as gigantes Ambev, Coca-Cola e Pepsi, ameaçam cortar 15 mil empregos diretos caso seja mantido o decreto que praticamente acaba com o incentivo fiscal para a fabricação do xarope dos refrigerantes na Zona Franca de Manaus.

Os fabricantes alegam que com o decreto, há aumento de 8% nos preços dos refrigerantes para os consumidores, o que provocará queda de 15% nas vendas, com queda de R$ 6 bilhões de faturamento e R$ 1,7 bilhão na arrecadação de impostos.

As empresas reclamam que, para garantir o subsídio de R$ 0,46 no preço do diesel, o governo provocou uma grande distorção na cadeia produtiva do setor ao “quebrar contrato” com as empresas que se instalaram no polo de fabricação do xarope de refrigerantes em Manaus em busca dos incentivos fiscais da Zona Franca.

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Eletrobras (ELET6)

De acordo com a coluna de Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, aparentemente, o governo de Michel Temer já decidiu que a prioridade da Eletrobras é a privatização das seis distribuidoras. O projeto de lei que trata disso recebeu, semana passada, requerimento de urgência urgentíssima na Câmara para ser votado até o fim do mês. Contudo, por outro lado, entrou na geladeira a capitalização/privatização da estatal, afirma a colunista.

Já o Valor Econômico destaca que o edital de privatização das seis distribuidoras da Eletrobras deve ser publicado até dia 20 pelo BNDES. Num primeiro momento, o governo tentaria leiloar subsidiárias que não possuem pendências, e só depois vender aquelas em situação mais complexa, como a Amazonas Energia. No entanto, o governo ainda
trabalha para vender todas as empresas de uma vez.

Petrobras (PETR4)

O dia é de queda para as ações da Petrobras, em um dia de baixa também para as cotações do petróleo, com o WTI em queda de 0,57%, a US$ 65,98 o barril, enquanto o brent tem leve baixa de 0,12%, a US$ 75,79 o barril. 

No noticiário da estatal, a Petrobras anunciou a redução dos preços da gasolina na refinaria, com valores antes de impostos válidos a partir da próxima quinta-feira (14). O preço passou de R$ 1,9664 para R$ 1,9351. 

Construtoras

O governo quer reduzir pela metade a multa a ser paga por quem comprar imóvel na planta e, depois, desistir do negócio, informa o Estadão. O Palácio do Planalto trabalha para que a penalidade seja de 25% do valor já pago e não 50% como aprovou a Câmara na semana passada. O tema está em debate no Senado, onde o texto começa a tramitar.

O Planalto articula a retirada de um parágrafo do projeto de lei aprovado pelos deputados. Esse trecho estabelece uma multa de 50% nos casos de devolução de imóveis construídos no chamado regime de afetação – regime da maioria dos empreendimentos, pelo qual cada prédio tem CNPJ próprio para proteger interesses dos compradores.

Sem o parágrafo, a multa será de 25% para todos os casos de devolução do imóvel. Assim, a penalidade ficará mais próxima de decisões recentes da Justiça que estabeleceram valor de 10% a 25% do valor pago à construtora.

A mudança terá impacto no bolso do consumidor. Para se ter uma ideia, é possível tomar como exemplo um edifício com apartamentos de dois quartos lançado recentemente em São Paulo. O empreendimento, com preços a partir de R$ 580 mil, fica pronto em 2021. Se o comprador assinar o contrato hoje e desistir do negócio um ano antes da entrega das chaves, terá pago R$ 101,5 mil com a soma da entrada, parcelas mensais e intermediárias. Pela regra aprovada na Câmara, a desistência geraria multa de R$ 50,7 mil. Com a mudança defendida pelo governo, o valor cai pela metade, para R$ 25,3 mil.

RD (RADL3)

A Drogasil, que faz parte da RD, inaugurou a sua primeira unidade em Belém, no Pará, em meio à sua estratégia de expansão pelo Norte do País.

“Chegamos ao Norte em 2016, pelo Tocantins, e nossos resultados foram muito positivos. Já temos quatro lojas no Estado e, seguindo a estratégia de expansão, decidimos partir para o Pará com a certeza de que a aceitação dos paraenses será enorme, pois a Drogasil oferece cuidados à saúde e ao bem-estar de nossos clientes em todos os momentos de sua vida”, afirmou em comunicado Marcilio Pousada, presidente da RD.

Vale (VALE3)

Segundo o Valor Econômico, os fundos trabalham em conjunto para uma definição sobre a venda da fatia que detêm na Vale. A operação, diz o jornal, será feita de forma coordenada e em blocos, mas o timing da
venda ainda é incerto.

A decisão surgiu no âmbito da reorganização societária que transformou a Vale em uma empresa sem bloco de controle definido. Por meio do veículo de participações Litel, a Petros detém 1,33% das ações da Vale, a Litel detém 19,14%. com a maior parte delas detidas pela Previ (81%) e
Funcef (11,5%) e com participação minoritária da Petros (7%) e Funcesp (1%). O diretor da Petros recentemente indicou que a venda poderia ser de apenas uma fatia da participação. 

Recomendações

As recomendações também ganham destaque nesta sessão: o Banco Inter (BIDI4) , que estreou na bolsa em 30 de abril, teve a cobertura iniciada pelo Morgan Stanley com recomendação underweight (exposição abaixo da média do mercado), enquanto teve a cobertura iniciada com recomendação outperform (desempenho acima da média) pelo Bradesco BBI, com preço-alvo de R$ 20. O Citi iniciou a cobertura com recomendação de compra, também com preço-alvo de R$ 20. 

A Equatorial (EQTL3), por sua vez, foi elevada a ‘compra’ pelo Citi, com preço-alvo de R$ 67,20. 

A Vivo (VIVT4), por sua vez, teve ADR (American Depositary Receipt) elevado para overweight pelo Morgan Stanley. Em meio a baixos retornos esperados para as ações globais e riscos negativos na América Latina, as ações de empresas de telecomunicações se destacam como nomes defensivos com melhora da lucratividade, destacou o analista. Morgan Stanley agora prefere Vivo aos ADRs da TIM (TIMP3), que também
são classificadas como overweight. 

A Vivo tem uma base de clientes que é menos sensível ao ciclo
macroeconômico do Brasil, tem um atraente retorno de dividendos
de 7% e negocia mais defensivamente, apontaram os analistas. O preço-alvo da Vivo foi cortado para US$ 14 de US$ 16, o que significa um potencial de alta de 15% em relação ao último fechamento. 

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.