Braskem dispara 21% com Odebrecht negociando venda; Vale e siderúrgicas caem até 6% e Eletrobras despenca 8%

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (15)

Fredy Alexandrakis

Usina Eólica Volta do Rio - Ceará *** Local Caption *** Vista dos aerogeradores durante a visita técnica à usina Eólica Volta do Rio no Ceará. Usina eólica conectada a SE SOBRAL III, Chesf. A usina pertence ao grupo Energimp S/A, controlado pela IMPSA WIND (Industrias Metalúrgicas Pescarmona S.A.).

Braskem (BRKM5)

Publicidade

As ações da Braskem tiveram um dia de disparada após a Odebrecht, acionista controladora da petroquímica, dar início a tratativas com a LyondellBasell, companhia aberta com sede em Roterdã (Holanda), visando uma potencial transação envolvendo a transferência da totalidade da sua participação no capital da petroquímica.

Segundo a Odebrecht, as negociações estão em estágio preliminar e foi concedida exclusividade à LyondellBasell no âmbito das tratativas, que são regidas por acordo de confidencialidade, informou a Braskem em comunicado. 

Foi informado também que a conclusão da transação está sujeita, dentre outras condições, a due diligence, negociação dos contratos definitivos e obtenção das aprovações societárias, não existindo, nesta data, qualquer obrigação vinculante entre LyondellBasell e Odebrecht. nem garantia de que as tratativas resultarão em uma Transação.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Por fim, foi ressaltado que caso a Transação seja concretizada serão garantidas aos demais acionistas da Companhia as mesmas condições que vierem a ser negociadas para a Odebrecht S.A..

A companhia manterá seus acionistas e o mercado informados de qualquer informação relevante que tiver acesso sobre o assunto.

Petrobras (PETR4)

As ações da Petrobras registraram um dia de queda em um dia também de baixa do petróleo no mercado internacional. Tanto os contratos futuros do WTI quanto do Brent registram queda de mais de 3%, com o receio de que a Opep e a Rússia se posicionem para elevar a oferta do petróleo no segundo semestre.  

Continua depois da publicidade

Já no radar da estatal, a Petrobras recebeu nesta quinta-feira a maior parte do pagamento pela venda de fatia no campo de Roncador à Equinor (ex-Statoil). Foram US$ 2 bilhões, adicionalmente aos US$ 117,5 milhões recebidos como adiantamento na data de assinatura, em dezembro do ano passado.

Em fato relevante divulgado na manhã desta sexta-feira, 15, a Petrobras afirma que finalizou a transação referente à cessão de 25% de participação do campo, que fica na área norte da Bacia de Campos, e que permanece como operadora, com 75% de participação.

Há ainda outro montante a ser pago, de até US$ 550 milhões, relativo ao objetivo de aumentar o fator de recuperação em pelo menos 5%, o que pode adicionar volume de cerca de 500 milhões de barris de óleo equivalente. “A Equinor realizará pagamentos contingentes, referentes aos investimentos nos projetos que visam ao aumento do fator de recuperação desse campo, carregando a Petrobras na proporção 2:1 (além dos 25% de sua participação, a Equinor pagará mais 25%) limitados a US$ 550 milhões”, diz o comunicado.

A parceria estratégica assinada com a norueguesa prevê acordo de cooperação técnica (“Strategical Technical Alliance Agreement”) e a opção de uso do Terminal de Cabiúnas (“Gás Term Sheet”), na cidade de Macaé (RJ). Todas as condições precedentes para a conclusão dessa transação foram cumpridas, incluindo a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a negociação de contratos de uso de facilidades de produção e de compra de gás associado pela Petrobras.

Com o fechamento dessa operação, o valor total de entrada de caixa em 2018 da Petrobras com o programa de parcerias e desinvestimentos soma US$ 5 bilhões. 

A Petrobras ainda alterou o preço da gasolina nas refinarias de R$ 1,9351 o litro para R$ 1,9178 o litro, segundo informações no website da empresa. O preço do diesel foi mantido em R$ 2,0316 o litro. Os preços antes de impostos são válidos a partir de 16 de junho.

Eletrobras (ELET6)

A Eletrobras informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou nesta sexta-feira, 15, o edital para a desestatização das seis distribuidoras de energia elétrica controladas, que atuam nos Estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Alagoas e Piauí.

De acordo com o edital, o leilão está previsto para 26 de julho, às 10h. O edital estabelece as condições de desestatização via concessão de serviço público de distribuição de energia elétrica, associada à transferência do controle acionário da Companhia Boa Vista Energia S.A., Companhia Energética de Alagoas, Companhia Energética do Piauí, Centrais Elétricas de Rondônia S.A., Companhia de Eletricidade do Acre S.A. e Amazonas Distribuidora de Energia S.A.

A companhia ainda teve o rating elevado de B+ a BB- pela agência de classificação de risco Fitch. De acordo com relatório da agência, a elevação reflete o apoio do governo à estatal por meio de garantias de dívida existentes, como uma parte relevante dos empréstimos dos bancos federais, e o fortalecimento gradual do perfil de crédito da companhia após algumas medidas de redução de custos. A estratégia de desinvestimento da Eletrobras e a privatização de seis distribuidoras também foram avaliadas como pontos positivos para a empresa.

Apesar das notícias positivas, a estatal liderou as perdas da sessão, com papéis caindo até 8%. Após três pregões consecutivos de altas expressivas, as ações têm seu segundo fechamento de perdas. Mesmo com avanços importantes para a privatização das distribuidoras, a incerteza que ainda ronda o processo pesa para os investidores hoje, em um dia negativo para o Ibovespa, marcado pelo sentimento crescente de aversão ao risco. 

Natura (NATU3)

A Reuters noticiou que a Amazon estaria em conversas com a Natura e Boticário para vender cosméticos. Se confirmado, esse movimento ocorrerá 1 ano depois deles terem expandido a atuação no marketplace para além de livros, destaca o BTG Pactual.

Vale dizer que em outros mercado, a Amazon entrou em cosméticos após de ter se estabelecido em segmentos core como eletrônicos, brinquedos e artigos de casa, apontam os analistas, destacando que as vendas de artigos de cosméticos via os canais online ainda é muito baixa, correspondendo a 2,3% das vendas.

“A venda através do marketplace da Amazon pode ser um próximo passo no desenvolvimento do canal digital para Natura. Com tudo isso, os desafios para a Natura para capturar sinergias com a The Body Shop e integração ainda são relevantes, enquanto a queima de caixa recente e a alta alavancagem ainda nos deixam desconfortáveis em ficar mais positivos com o case”, apontam os analistas. 

BRF (BRFS3)

As ações da BRF caíram após dispararem na véspera com a notícia de que Pedro Parente será o novo CEO da companhia, o que foi oficializado na última quinta-feira à noite. O cargo estava vago desde 23 de abril e estava sendo ocupado pelo vice-presidente financeiro e de relações com investidores da empresa. 

A companhia disse ainda que, por 180 dias, Parente irá acumular o cargo de presidente do Conselho e diretor presidente, para, em seguida, ocorrer uma Assembleia em que será sugerida a extensão deste prazo para um ano. A posse de Parente será na próxima segunda-feira (18). 

Veja também: Parente é visto como “solução perfeita” para a BRF – mas desafios gigantescos travam maior otimismo

A BRF ressaltou ainda que o executivo será responsável pelo processo de planejamento estratégico e financeiro e cuidará diretamente da preparação de seu sucessor, liderando uma processo de reorganização da companhia. Além disso, a empresa também aprovou criação do cargo de COO Global (Diretor Presidente Global de Operações), que será ocupado por Lorival Nogueira Luz Junior. 

CESP (CESP6)

Segundo notícia do Valor, o edital da Cesp deve sair na semana que vem, enquanto o leilão deve acontecer 90 dias depois. A notícia menciona que as condições do leilão ainda estão em discussão (valor residual e liabilities), mas o preço deve ser menor do que tinha sido testado inicialmente (R$16.80). 

IRB (IRBR3)

A IRB teve a recomendação iniciada como outperform (desempenho acima da média do mercado) pelo Safra, com preço-alvo de R$ 60. 

Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear

Cemig (CMIG4)

Quatorze empresas se inscreveram para disputar os ativos da Cemig Telecom – subsidiária da estatal mineira que atua na área de telecomunicações e será vendida em julho em leilão público. A companhia, que detém cerca de 15 mil quilômetros (km) de rede e é uma das últimas empresas públicas regionais do setor, é estratégica para algumas operadoras que querem ampliar a presença, especialmente em internet. O preço mínimo da companhia é de R$ 367 milhões.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que entre os grupos interessados em fazer propostas pelos ativos estão TIM, Vivo, OI, Claro, Algar, Vogel, Cimcorp, Globenet, American Tower e a italiana Enel. Essas empresas assinaram acordo de confidencialidade para ter acesso às informações que vão subsidiar suas análises na disputa pelos ativos. As propostas deverão ser entregues até 20 de julho. A abertura dos envelopes vai ocorrer no dia 25 e o resultado, dia 27.

A venda da Cemig Telecom, que está sendo assessorada pelo Bradesco BBI, será feita em dois lotes – estratégia adotada para atrair um número maior de investidores para o leilão. Algumas operadoras, como a Algar, por exemplo, já havia demonstrado interesse nas redes fora de Minas Gerais; as grandes, no entanto, estão de olho na infraestrutura mineira. No lote 1, foram agrupados os ativos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, cujo preço mínimo será de R$ 335 milhões. O lote 2, terá os ativos de Goiás, Bahia, Pernambuco e Ceará, por R$ 32 milhões.

“Trata-se de um negócio atraente; a empresa é capitalizada e tem uma rede de fibra ótica bastante interessante”, diz o presidente da presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. Hoje, diz ele, algumas operadoras alugam circuitos da empresa, que foi incorporada no início do ano pela Cemig – grupo que anunciou amplo programa de desinvestimento para reduzir a dívida na casa de R$ 14 bilhões.

Segundo fontes, a atratividade da Telecom está no fato de ser um ativo difícil de ser replicado. A rede foi construída juntamente com o sistema elétrico da Cemig e tem uma capilaridade única, principalmente no Estado de Minas Gerais. Para as grandes operadoras, o interesse está na expansão em banda larga residencial de alta velocidade, além da conexão de antenas de celular usando infraestrutura de fibra.

O negócio também atrai a atenção dos grupos de torres, como a americana American Tower, para fazer conexão de seus ativos de torres com fibra. Segundo especialistas, hoje ainda há conexões – mais lentas – feitas por cabos de cobre. As empresas interessadas e a Cemig foram procuradas, mas não quiseram comentar o assunto.

Ferbasa (FESA4)

O greve e preços impactaram o desempenho da Ferbasa em maio, apontando para uma queda o volume de vendas caiu 38,9% em doze meses, e o faturamento líquido recuou 31,4% no período. Esse desempenho reflete, principalmente, a greve dos caminhoneiros, segundo a empresa, e a queda dos preços no mercado internacional, fatores que foram parcialmente amenizados pela significativa valorização do dólar. 

Qualicorp (QUAL3)

Destaque para uma notícia que mexeu com os papéis de operadoras de plano de saúde, como é o caso da Qualicorp. O assunto ainda está em análise e debate na Justiça, mas, até uma decisão definitiva, os planos de saúde individuais ou familiares deverão ter um reajuste anual máximo de 5,72%, informa o jornal O Estado de S. Paulo. O aumento pode ser cobrado a partir deste mês, sempre de acordo com o mês de vencimento do contrato, com efeito retroativo nos planos com aniversário em abril e maio e cobrança de eventuais diferenças.

Desta vez, o reajuste não foi determinado regularmente pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com base na média dos aumentos aplicados, pelas operadoras, a seus planos coletivos com mais de 30 beneficiários. A correção foi fixada pela Justiça em resposta a uma ação civil pública movida pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) no mês de maio.

O porcentual de 5,72% estipulado pelo juiz José Henrique Prescendo, da 22ª Vara Cível Federal de São Paulo, corresponde à variação de preços do setor de saúde e cuidados pessoais, captada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no período de maio do ano passado a abril deste ano. Um reajuste inferior ao que seria determinado e anunciado pela ANS, estimado em torno de 10%.

O entendimento foi que os aumentos oficiais dos planos correm muito acima da inflação e também dos reajustes salariais. Descompasso que acaba impedindo muita gente de continuar bancando um convênio médico particular a cada ano. De 2015 a 2017, os planos foram corrigidos em níveis superiores a 13,5%, enquanto a inflação no mesmo período despencou de 10,7% para 2,9% ao ano.

Em nota, a ANS informa que vai recorrer contra a decisão de reajuste por 5,72% e “repudia ações desprovidas de fundamentação técnica que acabam causando comoção social e viés pró-judicialização de temas sob responsabilidade do órgão”.

Suzano (SUZB3) e Fibria (FIBR3)

A Suzano está agindo junto a órgãos antitrustes no Brasil, Europa e China para aprovar a sua fusão com a Fibria, destaca o jornal Valor Econômico. Espera-se que a operação não encontre resistência, mas o processo tem que ser acompanhado de perto. 

Vale (VALE3) e siderúrgicas

As ações da Vale registraram fortes perdas e zeraram os ganhos acumulados no mês, ainda repercutindo os dados mais fracos da economia chinesa divulgados na véspera e também refletindo as tensões comerciais do país com os EUA. O presidente americano, Donald Trump, aprovou na quinta-feira a imposição de tarifas no valor de US$ 50 bilhões aos produtos chineses, uma medida que ameaçava há meses e que Pequim prometeu responder. A holding da Vale, a Bradespar (BRAP4) registrou queda ainda mais expressiva.

Siderúrgicas, como CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) também registraram forte queda. No noticiário das siderúrgicas, atenção ainda para uma notícia do Valor de que a CSN quer dar preferência à venda de ativos em Portugal e Alemanha. Isso contraria a expectativa dos bancos, que aguardavam a venda das ações preferenciais da Usiminas detidas pela companhia.

Já em relatório, o Itaú BBA reduziu o preço-alvo de Usiminas para R$ 11 e de CSN para R$ 9, enquanto manteve o preço-alvo para a Gerdau em R$ 20. Apesar dos cortes, os analistas do banco destacaram que a forte queda dos preços no último mês aumentou a atratividade do setor. 

No radar da Vale, a mineradora anunciou que fará uma oferta para a compra de seus títulos, com vencimento em 2042 e juro de 5,625% ao ano, válida até dia 21 de junho. A cada US$ 1.000 em valor principal do papel, a mineradora pagará um prêmio de US$ 17,50.

Em nota, a empresa comunicou que “além do valor de pagamento, detentores de bonds (títulos) validamente ofertados e aceitos para aquisição no âmbito da oferta também receberão juros devidos e não pagos relativos os bonds desde a data do último pagamento até, mas não incluindo, a data de liquidação”.

Oi (OIBR4)

A Oi teve uma decisão favorável a seu plano de restruturação na corte de falências dos EUA, quando um juiz de Manhattan rejeitou pedido apresentado pela Pharol, que pedia um adiamento no caso, informou a Bloomberg. A decisão foi tomada na terça-feira, mas só foi informada nesta quinta pela agência de notícias.

Via Varejo (VVAR11)

A Via Varejo, detentora dos sites do Ponto Frio, Casas Bahia e Extra, terá de pagar multa de R$ 7,2 milhões por atraso na entrega, não entrega ou entrega irregular de produtos, segundo informações do jornal O Globo. A condenação foi decisão do DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) e foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta.

Segundo a decisão, houve fraude nas plataformas virtuais da empresa, com entrega de produtos errados e até itens estranhos, como tijolos, no lugar dos produtos. A área jurídica do DPDC considerou que “em uma relação de consumo, o mínimo que se espera de uma oferta veiculada pelo fornecedor é que ela seja cumprida nos exatos termos que o consumidor a encontrou”.

(Com Agência Estado e Bloomberg)