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O começo da safra 2018/19 na região Centro-Sul tem sido marcado pela acentuada retração do preço médio do etanol, anidro e hidratado. Em virtude da necessidade de recompor o fluxo de caixa vis-à-vis o quadro baixista no mercado de açúcar, muitas usinas foram levadas a antecipar o início das operações a fim de aproveitar os preços ainda atrativos do etanol no início do mês de março, por mais que as condições dos canaviais não tenham alcançado o ponto ideal de colheita.
Segundo o indicador da DATAGRO Consultoria, o preço médio do etanol hidratado no estado de São Paulo fechou a R$ 1,522/litro (sem impostos) em 16 de abril, totalizando queda de 21,0% nos últimos 20 dias. Em menor proporção, o anidro também vem sendo negociado em baixa cotado no último dia 16 de abril a R$ 1,707/litro (sem impostos), recuo de 12,1% em vinte dias.
O mercado enfrentou dificuldades para conter a erosão dos preços, apesar do prognóstico de um balanço de oferta e demanda mais apertado no mercado interno. Contudo, em função do efeito manada nas negociações, ou seja, com receio de maior queda do mercado, os produtores têm elevado as ofertas no spot em uma operação conhecida como “da-mão-para-boca”, o que pressionou ainda mais as cotações, apesar do bom ritmo de vendas de hidratado nos postos.
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Em momentos de baixa no mercado, historicamente de 55% a 60% da proporção da queda do preço ao produtor, fruto da menor participação do preço da usina na composição final do preço ao consumidor, é refletida na ponta consumidora após um período de 15 a 20 dias. Na direção oposta, em momentos de valorização no mercado, a alta do preço na usina costuma ser repassada quase que integralmente ao consumidor em um tempo mais curto, em 5 a 8 dias. Resta aguardar que parte dessa transmissão da queda do preço seja refletida nos postos de combustíveis conforme o histórico tem demonstrado, de modo a permitir que os consumidores absorvam e reajam a essa queda de preço, o que é esperado ocorra nos próximos dias/semanas.