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A expectativa é que o Brasil colha em 2018 uma safra de café boa em quantidade e qualidade, disse o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz, nesta terça-feira (24), em São Paulo (SP), durante a entrega da premiação da 14ª. Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil – Safra 2017.
“As chuvas vieram no tempo certo e a produção deve ser boa em volume e qualidade”, ressaltou. Entretanto, segundo o dirigente, existe o receio que a ampla oferta reduza ainda mais os preços pagos pelo café, que hoje já não agradam os produtores. De acordo com a Conab, a safra brasileira deve se situar em torno de 58 milhões de sacas.
Nathan salientou que o cafeicultor brasileiro vem fazendo a lição de casa ao investir em grãos de qualidade, que valem entre 10% a 15% mais que o tradicional. Neste cenário, o dirigente pontuou que o desafio é exportar o produto industrializado – além do café verde – por meio da ampliação, por exemplo, da disponibilidade de cafés superiores e/ou gourmet. “O mercado internacional não compra qualquer café, quer café de qualidade, e isso nós temos.”
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De acordo com Nathan, iniciativas de marketing e promoção como “Cafés do Brasil” precisam ser permanentes. “Até hoje nos restringimos a ações esparsas e isoladas”, assinalou, acrescentando que se trata de um esforço que exige muitos recursos – o que é um impedimento -, mas que com o tempo vai gerar resultados. “A Apex e entidades, como a associação de cafés especiais e a própria Abic estão empenhadas em promover o café brasileiro em feiras, eventos, no varejo internacional.”
Ademais, na avaliação do dirigente, a indústria também precisa se ater à exigência de qualidade no mercado doméstico. “O consumidor brasileiro está mais bem informado, exigente, quer e paga por café de qualidade. Precisamos entregar o que o consumidor deseja.”
