Revolução no e-commerce: 4 facilidades que o bitcoin traz na vida de varejistas e consumidores

"Pode ser o catalizador de um novo contexto de comercialização de produtos online, que culminará numa adoção generalizada do Bitcoin", diz especialista

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Muito se tem falado sobre o investimento em bitcoin, a disparada do preço e isso é uma bolha ou não. Mas indo além deste ambiente de mercado, ela e outras criptomoedas estão começando a mudar a forma como se compra e vende produtos no mundo virtual. Mas será que vale realmente a pena aderir ao bitcoin como meio de pagamento?

Para o empreendedor Marcos Mocatino, co-fundador do BEAUTYX e fundador da Bitshopp, este interesse das pessoas pelas moedas digitais deve continuar aumentando, ajudando também na disparada de preço destes ativos. “Pode ser o catalizador de um novo contexto de comercialização de produtos online, que culminará numa adoção generalizada do Bitcoin como umas das principais formas de pagamento no e-commerce mundial nos próximos anos”, afirma.

Segundo ele, existem benefícios notáveis e mútuos tanto para quem compra, quanto também para quem vende produtos e serviços online utilizando o bitcoin. Em artigo, Mocatino destacou quatro fatores que explicam o motivo para a adesão à criptomoeda facilitar a vida das pessoas:

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1) Descentralização/custo da transação: essa característica possibilita ao bitcoin ter uma taxa de intermediação que custa em média 1% quando realizada através de um “gateway”, ou pode até mesmo ser inexistente quando realizada diretamente entre entre dois negociantes, também chamado de P2P, explica. Isso se mostra uma grande vantagem, considerando as altas taxas de cartões de crédito que podem custar para o lojista mais de 6% em alguns gateways.

Além disso para o comerciante que usa cartões, é preciso possuir um módulo transacional ou máquina para processar a transação, e uma conta bancária para poder receber o pagamento. Já no caso do bitcoin, é necessário apenas criar uma wallet (carteira) gratuitamente.

2) Velocidade de recebimento: em comparação com outras formas de pagamento consolidadas como boletos e cartões de crédito, o bitcoin e outras criptomoedas baseadas em blockchain têm uma grande vantagem, oferecendo a possibilidade de liberação em sua carteira do valor pago em menos de uma hora, e sem a necessidade de pagamento de antecipação de recebíveis (como no caso do cartão) que podem aumentar o custo das transações em cartão em mais de 12%.

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3) Vendas internacionais de produtos: diferente das moedas convencionais, o bitcoin pode ser utilizado sem bloqueios e sem as tradicionais burocracias do mercado internacional. Hoje para se vender fora do país, os lojistas precisam arcar com taxas mais altas que as praticadas dentro do seu país.

4) Segurança nas vendas: através do bitcoin, a loja estará livre de fraudes e do “chargeback”, que acontece quando o titular do cartão não reconhece a cobrança na fatura do cartão ou a transação não cumpre com as regras dos acordos comerciais estabelecidos com as adquirentes de cartão. Isso pode causar diversos problemas aos comerciantes, que podem ser penalizados pelos bancos e adquirentes de cartão se tiverem altas taxas de “chargeback”. Por estar tudo registrado no blockchain, com o bitcoin não há este risco de fraude.

Segundo Mocatino, um passo importante para esta mudança de sistema está sendo dado neste momento porque “estão sendo disponibilizadas cada vez mais no mercado soluções e ferramentas que simplificam a utilização do bitcoin como forma de pagamento para e-commerces e lojas virtuais e também facilitam a conversão dos bitcoins recebidos em reais”.

Nesta linha, ele destaca dois produtos, como os cartões de débito em bitcoin, que funciona como uma espécie de cartão pré-pago em criptomoedas, algo que já foi lançado pela exchange Foxbit. Outra ferramenta é a Bitshopp, uma plataforma de ecommerce que além das formas de pagamento tradicionais já vem pronta para o lojista aceitar pagamentos em bitcoin, com a opção de convertê-los em reais antes de realizar o saque para sua conta.

“Esse aumento na aceitação dos lojistas pode ser um divisor de águas, criando um movimento de proporções gigantescas e globais entre os adeptos de bitcoin, que pode culminar num tsunami sobre o e-commerce e a economia mundial”, completa o especialista.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.