BlackRock cita 3 razões para o dólar continuar subindo no mundo todo

Estrategista mostra que a moeda norte-americana deve seguir mais alguns anos em alta, mas não descarta correções no caminho

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A crise política e o enfraquecimento da economia nacional pode até estar colaborando para que o real perca força ante o dólar. Porém, o movimento de alta da moeda norte-americana está longe de ser exclusivo daqui. Se por aqui o dólar chegou a R$ 3,45, em sua máxima em 12 anos, em países como Colômbia e Tunísia a divisa também está quebrando suas máximas em mais de uma década.

No blog oficial da BlackRock, o estrategista-chefe mundial da gestora que gerencia US$ 4,2 trilhões em ativos no mundo, Russ Koesterich deu três razões para justificar que o dólar deve continuar forte em relação às principais moedas do mundo – até agora a única que se salva é o yuan chinês.

Confira as explicações:

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1) Políticas divergentes dos bancos centrais
A cada dia que passa aumentam as chances do Federal Reserve elevar as taxas de juros nos EUA, com a possibilidade disso ocorrer já em setembro. Porém, enquanto a maior economia do mundo aperta a política monetária, outros países estão relaxando as taxas, caso da Índia. Esta é uma falta de sincronia que já tem um bom tempo e pode ser positiva, mas que assusta os emergentes e impulsiona o dólar.

2) Renascimento do setor energético americano
Graças ao desenvolvimento de técnicas alternativas de extração de xisto, os Estados Unidos vivem um boom de produção de petróleo e podem superar a Arábia Saudita como maior produtor mundial ainda este ano. O déficit em conta corrente do país caiu pela metade nos últimos 10 anos, o que eleva a força do dólar.

3) Os ciclos de alta do dólar tendem a durar anos e não meses
“A alta do dólar que estamos vendo este ano é discreta comparada aos episódios de dólar forte do começo dos anos 80 e final dos anos 90. O rali do dólar pode estar só começando”, diz o texto da BlackRock. Porém, Koesterich ressalta que podemos ver correções no meio destas altas. Ciclos anteriores de apreciação do dólar duraram de 6 a 7 anos, mas chegavam a ter um ano de queda neste meio tempo.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.