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LREN3: O que diz a análise técnica sobre as ações de Lojas Renner após disparada com balanço?

Mesmo com a alta da semana, as ações da varejista seguem com tendência de baixa

Rodrigo Petry

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Após a divulgação dos resultados do 1º trimestre, as ações da varejista Lojas Renner (LREN3) dispararam mais de 12% em dois pregões. Nesta sexta-feira (5), assim como ocorreu na véspera, as ações sobem mais de 6%, cotadas a R$ 16,45, por volta das 13h45.

Isso aconteceu mesmo com o mercado avaliando os resultados de Lojas Renner como fracos no primeiro trimestre. A varejista registrou lucro de R$ 46,8 milhões no 1º trimestre, cifra 75,6% menor do que a reportada no mesmo intervalo de 2022.

Se nos dois últimos pregões os papéis da empresa disparam, no acumulado do ano, recuam cerca de 18,6%, enquanto em seis meses as perdas somam 44,8% e, em doze meses, recuam 29,9%.

Dito isso, confira agora a avaliação de analistas técnicos sobre as ações de Lojas Renner, com base no desempenho dos papéis até o fechamento do dia 4/5.

Análise técnica: LREN3

Para Pam Semezzato, analista da Clear, as ações de Lojas Renner confirmaram tendência de baixa com o rompimento do suporte em R$ 21,70 e, após essa desvalorização, trabalham com o suporte na região de R$ 14,50.

Gráfico ações LREN3: 2017 a 2023

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Pam Semezzato, até 4/5

“No curtíssimo prazo, a ação está trabalhando em um canal de baixa e o candle de quarta-feira (3) indica falha no rompimento do fundo anterior, o que confirmaria um novo movimento de baixa”, disse.

Para ela, a ação ainda não mostrou reação compradora forte (até o pregão desta quinta-feira, dia 4/5) e nem rompimento de topo anterior, “o que dificulta pensar em compras por enquanto”.

“Para novas vendas seria ideal esperar um topo ser traçado com uma barra de sinal vendedor ou o rompimento do fundo anterior, de R$ 14,50“, acrescentou.

Gráfico diário: agosto/22 a maio/23

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Pam Semezzato, até 4/5

LREN3: Tendência de baixa desde a pandemia

Para o analista técnico da TopGain, Matheus Lima, olhando o gráfico semanal [confira abaixo], a ação continua com tendência de baixa, desde que deixou um topo no início de 2020, pouco antes do início da pandemia.

Ele ressalta que o papel, após marcar a mínima da pandemia, aos R$ 22,53, tentou se recuperar, em um movimento tímido, que durou cerca de 15 meses.

Segundo Lima, a ação tentou “forçar”, por diversas vezes, a barreira dos R$ 40 (que é retração de 38,2% de Fibonacci) e “não conseguiu se manter acima dessa região, trabalhando de forma lateral, próxima às mínimas da pandemia entre janeiro e novembro de 2022”.

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Matheus Lima, até 4/5

Conforme ele, ao perder a média móvel exponencial de 13 períodos e, eventualmente, a região dos R$ 20,24, as ações seguem a forte tendência de baixa, renovando mínimas e respeitando a média móvel como resistência.

“Para que haja expectativa de compras o preço das ações deve romper a máxima de janeiro, em R$ 22,20, e passar a dar sinalizações da tendência de alta acima da média móvel exponencial de 13 períodos”, apontou.

LREN3: Preços de 2015

O analista chefe da Wisir Research, Gustavo Massotti, ressalta que as ações de Lojas Renner estão em clara tendência de queda no longo prazo, cedendo mais de 70% desde seu topo, de R$ 52,60, em janeiro de 2020.

“O ativo trabalha em região de preços sinalizadas em 2015, próximo também à sua média de preços dos últimos 200 meses”, afirma.

Gráfico mensal: 2010 a 2023

Fonte: ProfitChart. Elabração: Gustavo Massotti, até 4/5

Recuperação?

No curto prazo, explica Massotti, a ação busca recuperação, logo após a divulgação de seus resultados.

Para tanto, analisa ele, novos fechamentos acima da região dos R$ 15,90 podem acionar um pivô de alta, que tem como projeções os R$ 18,00 – R$ 19,60 – R$ 20,50.

“Uma possível marcação de fundo ficará na mínima dos últimos quatro anos, nos R$ 14,37“, acrescentou.

Gráfico diário: setembro/22 a maio/23

Fonte: ProfitChart. Elabração: Gustavo Massotti, até 4/5

Massotti trouxe ainda a análise do gráfico [veja abaixo] dolarizado.

“No gráfico dolarizado do ativo, verificamos que seus preços trabalham em regiões de preços historicamente mais negociadas desde seu IPO em 2005. Sinalizando uma provável região de suporte de longo prazo”, concluiu.

Gráfico mensal: 2005 a 2023

Fonte: ProfitChart. Elabração: Gustavo Massotti, até 4/5

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