Monero tem site hackeado e entra para a lista dos ataques a criptomoedas

Criptomoedas têm sido alvos frequentes de roubos nos últimos anos

Ricardo Bomfim

(Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – A criptomoeda Monero teve seu site hackeado na última terça-feira (19) por um vírus que é capaz de roubar o token dos usuários. Nesta sexta-feira (22) o site estava de volta ao ar, após ter sido temporariamente desativado para corrigir o problema.

No Reddit, o ataque foi alertado por um usuário que afirmou ter perdido US$ 7 mil por conta de um algoritmo que foi plantado nos binários das carteiras disponíveis para download e que gastou toda a quantia em uma única transação 9 horas após o download.

Como resposta, a Monero enviou o seguinte comunicado: “Se você baixou binários nas últimas 24 horas e não verificou a integridade dos arquivos, faça-o imediatamente. Se os hashes não corresponderem, NÃO execute o que você baixou. Se você já os executou, transfira os fundos de todas as carteiras que você abriu com os executáveis (provavelmente maliciosos) imediatamente, usando uma versão segura da carteira Monero (a online como falamos é segura – mas verifique os hashes).”

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Esse não foi o primeiro cyberataque envolvendo moedas digitais, sendo que valores astronômicos tem sido roubados desde 2013 em moedas digitais. Vale lembrar, contudo, que o Blockchain em si, rede na qual se apoia a segurança do Bitcoin, nunca foi invadido desde a criação da moeda em 2009. Os hackeamentos costumam afetar as empresas nas quais as pessoas depositam seu dinheiro em troca das criptomoedas.

Mt. Gox

O maior e mais famoso de todos os escândalos ocorreu em 2013, quando a maior exchange de criptomoedas daquela época, a Mt. Gox, pela qual passavam 70% das transações de Bitcoin do mundo, teve 80 mil Bitcoins roubados por hackers.

Os invasores ainda conseguiram entrar na conta do fundador da exchange, Jeb McCaleb, e derrubar o preço do Bitcoin de US$ 17,00 para US$ 0,01.

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Esse caso lançou luz a um ataque hacker massivo que vinha sendo praticado desde 2011 e que levou ao roubo de 850 mil Bitcoins da exchange, num total de US$ 460 milhões. Em 2014, a Mt. Gox decretou falência.

Nicehash

No início de dezembro de 2017, o marketplace esloveno para mineração de Bitcoins, NiceHash, teve 4.700 Bitcoins roubadas, o que equivalia, na época, a US$ 64 milhões. A empresa teve que suspender todas as suas operações por 24 horas para investigar o que aconteceu.

Até hoje a NiceHash continua seu programa de reembolso aos usuários que foram afetados pelo hackeamento.

Bitpoint

Já em julho deste ano, a Bitpoint foi alvo de um hackeamento que atingiu 55 mil usuários. Foram roubados US$ 27,9 milhões. O hacker ainda usou o software da Bitpoint para roubar mais US$ 2,3 milhões de exchanges de outros países.

Bittrex

A exchange lançada em 2013 retirou o Bitcoin Gold da sua plataforma depois de um hackeamento que levou US$ 18 milhões.

Apple

Hackers que, de acordo com autoridades americanas, foram financiados pela Coreia do Norte já tentaram invadir Macs da Apple com softwares de falsas criptomoedas. Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), apontou que os norte-coreanos já levantaram US$ 2 bilhões ao hackear exchanges e bancos.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.