Dilma diz que situação internacional é adversa e Brasil precisa da América Latina para crescer

"Nós temos muita consciência de que o Brasil não retoma a sua capacidade de crescer nesse novo contexto internacional, sem o crescimento dos demais países da América Latina", disse a presidente

Reuters

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A presidente Dilma Rousseff afirmou, em visita ao Equador na terça-feira, que o Brasil enfrenta situação adversa no atual cenário econômica internacional, com queda do preço do petróleo e outras commodities e desaceleração da China, e só voltará a crescer se também houver crescimento dos demais países da América Latina.

“Nós temos muita consciência de que o Brasil não retoma a sua capacidade de crescer, que o Brasil não consegue restabelecer as suas condições sustentáveis de crescimento, nesse novo contexto internacional, sem o crescimento dos demais países da América Latina, sem que os demais países da América Latina tenham também condições de se recuperar”, disse Dilma em encontro com o presidente do Equador, Rafael Correa, de acordo com transcrição divulgada pelo Palácio do Planalto.

Segundo Dilma, também afeta a economia brasileira a forte desvalorização do dólar frente ao real.

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“Nós tivemos uma desvalorização muito significativa. Na metade do meu primeiro governo, o dólar estava um dólar para 1,5 real. Hoje está 1 dólar para 4 reais. Isso é a forma pela qual nós iremos enfrentar, nos acomodar diante dessa conjuntura”, afirmou.

A economia brasileira enfrentou forte recessão em 2015, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou neste mês a perspectiva de contração da atividade econômica brasileira em 2016, além de não ver mais retomada do crescimento em 2017.

No Equador, Dilma afirmou ainda que concordou com Correa sobre a necessidade de se intensificar a cooperação econômica e comercial entre os países da América Latina e do Caribe para superar os desafios impostos pela crise.

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Representantes de Brasil e Equador terão reunião em março para resolver questões fitossinatárias e discutir investimentos de empresas brasileiras e equatorianas nos dois países, segundo a presidente.

“Neste sentido, também manifestamos nossa disposição de negociar um acordo de cooperação e facilitação de investimentos, capaz de oferecer um marco sólido para estimular iniciativas de empresas equatorianas e brasileiras. Estou segura de que assim estaremos fortalecendo nosso relacionamento econômico”, disse Dilma em pronunciamento à imprensa após a reunião.

Dilma participa nesta quarta-feira em Quito de cúpula de chefes de Estado e de governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

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