“Ficha cai” no PT e partido tem 2 alternativas a Lula – enquanto PSDB aponta principal ganhador com isso

Setores de diversos partidos se movimentam após decisão do TRF de marcar a data de julgamento de Lula, enquanto PT admite que a "ficha caiu"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª região de marcar a data do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva para o dia 24 de janeiro de 2018 segue repercutindo no noticiário. Segundo informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, apesar do forte discurso de resistência e de ir até “as últimas consequências”, ele deu sinais de cansaço e abatimento. 

Além disso, a sensação de cerco fechado travou o avanço das discussões sobre alianças em torno do ex-presidente. A Justiça, ao definir a data do julgamento para o início de 2018, acabou tirando o fôlego do PT para negociar com outras legendas.

Assim, a cúpula do partido se prepara para uma “guerrilha jurídica” de forma a tentar garantir a candidatura do petista à Presidência em 2018. Contudo, a o julgamento marcado fez “cair a ficha” no partido. 

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Por enquanto, ainda não se fala em substituir Lula por outro candidato. Contudo, aponta o jornal O Estado de S. Paulo, alguns dirigentes lembram que, se existe alguma “coisa positiva” no calendário do Tribunal de segunda instância é o fato de que o julgamento terá início oito meses antes da eleição. Com isso, haveria tempo para o partido construir um “plano B”, que pode ser o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ou o ex-governador da Bahia Jaques Wagner. 

O PSDB, por sua vez, também está de olho no cenário eleitoral sem Lula. Caso ele não seja o candidato do PT em 2018, a cúpula tucana acredita que aumentam as chances de o governador Geraldo Alckmin estar no segundo turno. Mas, na esquerda, é o ex-governador Ciro Gomes (PDT) quem cresce, principalmente no Nordeste.

Vale ressaltar que setores do PT cogitavam a possibilidade de apoio a Ciro caso Lula seja impedido de concorrer na reta final da eleição de 2018. Contudo, após vídeo de Ciro Gomes que gerou irritação dentro do PT, a hipótese ficou mais improvável. Ciro disse que, apesar da presunção de inocência a qual Lula tem direito, “não se pode inverter as coisas” e “Justiça boa é Justiça rápida”. 

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O tesoureiro nacional do PT, Emídio de Souza rebateu.  “Justiça boa não é a rápida nem a lenta . É a justa. A que não queima etapas. A que se guia pela regra não por quem é o réu. Ciro é tão apressado quanto a própria Justiça”, afirmou.

A data para julgar Lula também tem impacto em outros setores da esquerda, como o PSOL. Conforme aponta o Estadão, o partido aguarda uma resposta de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao convite para ser candidato a presidente pela legenda. Lideranças do PSOL acreditavam que o maior entrave para a decisão de Boulos é a fidelidade do líder sem-teto a Lula. 

(Com Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.