4 erros no uso de cartão de crédito que podem destruir suas finanças

O cartão de crédito representa a maior dívida das famílias brasileiras

Mariangela Castro

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SÃO PAULO – Quase 8 em cada 10 brasileiros devem no cartão de crédito, diz pesquisa da Comissão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. 

Independentemente da renda, o plástico representa a maior dívida das famílias brasileiras, e 84% dos brasileiros não sabem quanto pagam de juros no rotativo cartão, segundo pesquisa da plataforma de crédito online Just.

Dispor de crédito para compras é  cômodo para o consumidor. Mas a falta de conhecimento de muitos usuários sobre o funcionamento do produto pode ser perigosa no hora de fazer compras. Hoje, segundo dados do SPC Brasil e da CNDL, uma em cada cinco pessoas que utilizam o cartão de crédito consideram a forma de pagamento como extensão da própria renda.

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O Infomoney conversou com César Caselani, especialista em finanças e professor da Escola de Administração de Empresas da Faculdade Getúlio Vargas (FGV EAESP). Ele aponta quais os maiores erros de quem utiliza o cartão de crédito e o que pode ser feito para evitá-los.

Existe a opção de fazer qualquer pagamento entre o total e o mínimo da fatura (que representa 15% do valor). Neste caso, o consumidor entra no crédito rotativo, que tem um dos maiores juros do mercado, chegando a quase 800% ao ano.

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Se um consumidor passar meses sem pagar o valor total da fatura, os juros acumulam e ele pode sofrer processos, ter o nome no SPC, não conseguir fazer novas compras parceladas e nem tomar empréstimos. “Isso atrapalha toda a vida financeira da pessoa. Futuramente, ela pode precisar de dinheiro para uma emergência muito mais importante que o consumo compulsivo.”

É comum o consumidor não ter noção de quanto dinheiro vivo é movimentado ao utilizar o cartão de crédito. Por isso, ele considera o limite do cartão como “extensão” de sua renda mensal. Quando percebe, está com uma dívida que não consegue pagar.

Isso também acontece em compras parceladas. A falta de planejamento faz com que o consumidor compre sem ter condições de bancar as próximas parcelas.

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Gastar com o cartão de crédito no exterior envolve planejamento. O valor da taxa de câmbio, se não calculado na hora da compra, pode fazer com que a fatura seja bem maior do que o esperado. 

É fundamental evitar ao máximo tomar dinheiro vivo emprestado via cartão de crédito, porque as taxas de cobrança são estratosféricas, diz o especialista. 

Como parar de cometer estes erros

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Para César Caselani, é necessária uma mudança “no perfil psicológico do consumidor”. Muitas pessoas se jogam às compras e aproveitam qualquer anúncio de promoção ou desconto, seja ele real ou não.

Em primeiro lugar, o professor aconselha ponderar mais, pensar com mais racionalidade antes de comprar, utilizar o cartão de forma inteligente e controlada.

É comum, inclusive, que na hora de realizar as compras o consumidor dispense a segunda via. Isso é dificulta muito o controle financeiro e faz com que “comprar se torne um esporte.”  

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Caselani também orienta que se tente ao máximo concentrar todos os gastos em apenas um banco. “Pessoas se tornam ainda mais descontroladas quando usam vários cartões”, opina. Além disso, quanto maior o número de cartões do consumidor, maior a anuidade. Com um cartão só é possível negociar descontos com o banco ou mesmo não pagar anuidade.

“Grandes problemas financeiros afetam também outras áreas da vida: o casamento, a relação familiar. Planejar melhor os gastos evita conflitos por causa de dinheiro e deixa a vida muito mais prazerosa”.

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