BTG Pactual e Garde são acusados de manipulação de mercado em dólar futuro pela CVM

Entre as 1 mil operações sob investigação pela CVM, algumas delas teriam sido decorrentes de "dedo gordo" 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O BTG Pactual está sendo acusado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), juntamente com a gestora Garde, de manipulação de preços no mercado de dólar futuro, informou o jornal Valor Econômico desta quinta-feira (1). 

A área técnica sugere que o BTG seja responsável pela prática de “spoofing” – prática em que o investidor dá ordem de compra, que quer executar, abaixo do preço do mercado no momento da operação. A CVM enquadrou diversas operações de ofertas expressivas de um dos lados, com o objetivo de exercer pressão sobre o mercado, que eram canceladas na sequência. 

Em nota enviada ao InfoMoney, o BTG Pactual esclarece que “protocolou sua defesa na CVM em 8 de janeiro e não comenta processos em andamento”. Em caráter preliminar, a Garde disse à CVM que não teve conduta dolosa em suas operações e não usou de artifícios para reduzir eventuais riscos inerentes ao negócio. Em nota ao InfoMoney, a Garde disse que não comenta processos em andamento. 

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De acordo com o processo da CVM, a vantagem financeira do BTG teria sido de R$ 900 mil no período analisado (27 de julho de 2015 a 29 de fevereiro de 2016). Fontes próximas ao assunto ressaltam o “caráter irrelevante do valor envolvido”. O montante investigado corresponderia a 1% de todo o volume operado pelo BTG no mesmo período.

Entre as 1 mil operações do BTG sob investigação pela CVM, algumas delas teriam sido decorrentes de “dedo gordo”, jargão do mercado financeiro para uma ordem de compra ou venda errada motivada por erro de digitação, segundo fonte próxima ao assunto. 

A investigação, que corre desde setembro do ano passado, deve demorar a ser concluída devido às suas especifidades técnicas. Não é esperada uma resolução para o caso pelo menos até 2019.

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