Do boteco na garagem aos 90 restaurantes: a história do empreendedor que fatura R$ 140 milhões por ano

Apesar do sucesso na carreira, Golfeto resolveu aliar a sua paixão pela cachaça e um bom prato de comida

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Foi na garagem de casa, na pequena cidade de Tupã, no interior paulista, que Delfino Golfeto começou o que hoje é a Água Doce Cachaçaria, rede de restaurantes com mais de 90 unidades espalhadas pelo Brasil.

Golfeto começou a vida como boia-fria e, com muito esforço, se formou em Tecnologia de Açúcar e Álcool. Depois fez pós-graduação em gestão empresarial e conquistou estabilidade financeira ao ser contratado como gerente agro industrial em usinas.

Apesar do sucesso na carreira, Golfeto resolveu aliar a sua paixão pela cachaça e um bom prato de comida. Crítico aguerrido de restaurantes que perdiam sua qualidade de produtos e atendimento após alcançar o sucesso entre a clientela, Golfeto se lançou no empreendedorismo aos 38 anos.

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Para isso, ele conta que o apoio da esposa Silvia Maria foi fundamental. Além de ser dela as receitas de refeições e quitutes servidos em toda a rede da Água Doce Cachaçaria, ela também topou investir todos os recursos da família na ideia de Golfeto.

Tudo começou em um pequeno balcão improvisado na garagem de sua casa. “Era rodeado de fartura”, disse o empreendedor em um evento do meuSucesso.com. A facilidade de Golfeto para selecionar boas bebidas, a interação com os clientes e a boa mão da esposa os para quitutes, ajudou a criar o nome e a fama do estabelecimento, que rapidamente virou referência na região e teve que ser expandido.

“Quem passava tinha o prazer de experimentar o produto que ia levar. Além da cachaça, tinha também feijão tropeiro, tutu, salaminho, queijo… A gente deixava ali, a pessoa que queria comer podia ficar à vontade”, conta.

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Em 1993 a Água Doce, com seus processos e padrões amadurecidos, abriu sua primeira unidade franqueada. Foram dois anos de teste para que Golfeto se sentisse seguro de que o padrão de qualidade da matriz em Tupã não seria perdido.

Em 2013, Água Doce Cachaçaria foi eleita como melhor franqueadora e, três anos depois, foi consagrada com o prêmio de franquia cinco estrelas pela Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios.

Os dois filhos atuam na direção da empresa e Golfeto segue cuidadoso com o padrão de qualidade das franquias. Tanto que, após o auxílio de uma consultoria, decidiu fechar 30 unidades nos últimos três anos. Golfeto também se desfez de 20 dos 50 veículos antigos que possuía e de um pequeno avião que servia de transporte quando ele precisava chegar rapidamente às unidades franqueadas.

Atualmente, a Água Doce possui 90 unidades e fatura cerca de R$ 140 milhões por ano. Golfeto hoje é presidente da rede Água Doce e membro do Conselho Fiscal da ABF (Associação Brasileira de Franchising).