Yellow muda estratégia e delimita área de atuação em regiões nobres de São Paulo

Em comunicado, a empresa diz que a mudança é uma "nova fase de operação com base nos aprendizados sobre os fluxos da cidade e demandas dos usuários"

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – No início de suas operações, em agosto, a Yellow havia prometido que pretendia cobrir todas as regiões de São Paulo até o final do ano, quando esperava já ter 100 mil bicicletas circulando pela cidade.

A startup, entretanto, mudou sua estratégia e anunciou que vai restringir a área em que atua para regiões específicas e cobrará uma multa de R$ 30 dos usuários que estacionarem as bicicletas fora da área delimitada. Regiões periféricas da capital que chegaram a entrar no mapa da Yellow, como Capão Redondo, Pirituba e Cidade Dutra, por exemplo, agora não estão mais na área de cobertura.

Em comunicado, a empresa diz que a mudança é uma “nova fase de operação com base nos aprendizados sobre os fluxos da cidade e demandas dos usuários”. A prioridade agora são “locais com grande circulação de pessoas”, diz a Yellow.

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Além disso, ela justifica que a mudança veio para “resolver seu principal desafio” nos primeiros meses de operação, que é o de garantir a oferta e disponibilidade das bicicletas em regiões com grande demanda. “Temos um plano de expandir essa área de atuação pela cidade, de acordo com os dados de demanda que seguimos coletando à medida que colocarmos mais bikes nas ruas, e de acordo com os pedidos da população”, escreveu o CEO da empresa, Eduardo Musa.

O novo mapa delimitado da Yellow já está disponível no aplicativo. Ele abrange a região cercada pelos bairros da Vila Leopoldina, Butantã, Santo Amaro e Jardins – neste miolo estão bairros como Pinheiros, Vila Madalena, Itaim Bibi, Vila Olímpia e Morumbi. Ou seja: a região nobre da zona oeste de São Paulo.

“A delimitação da área de atuação já havia sido anunciada pela empresa. Para a sua efetivação neste primeiro momento, será cobrada dos usuários uma taxa de retorno para bikes deixadas fora da área de atuação, destinada à coordenação da equipe de logística da empresa – modelo que é adotado por todas as empresas de compartilhamento de bicicletas sem estação do mundo”, escreveu também a Yellow no comunicado, sobre a multa cobrada.

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Nova forma de pagamento
Em contrapartida, a Yellow agora permite aos usuários pagarem pelos créditos para uso das bicicletas em dinheiro. Eles poderão ser comprados com a moeda física em bancas de jornal, lojas e até lanchonetes. A transferência dos créditos será feita da mesma maneira que é realizada uma recarga de celular.

“A ideia é tornar o serviço cada vez mais democrático para o usuário”, escreveu o CEO da startup.

Em setembro, a Yellow recebeu um aporte de US$ 63 milhões para expandir para sua operação outras cidades do Brasil e também de outros países. A expectativa é de que até o final do ano, a expansão seja feita para outros municípios brasileiros e, já em 2019, a Cidade do México vai receber as bicicletas e patinetes.

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