Quem vive de orgânico é a Bela Gil, brinca empreendedora digital sobre alcance do Facebook

Alcance orgânico é o termo utilizado para denominar o número de usuários que receberam determinado post em seu feed sem nenhum tipo de patrocínio da publicação

Diego Lazzaris Borges

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BELO HORIZONTE * – Conseguir um alcance satisfatório com posts no Facebook está cada vez mais complicado para empreendedores digitais e empresas que atuam em todas as áreas. As constantes mudanças no algoritmo da rede social vêm diminuindo o alcance das publicações de páginas de marcas – a justificativa do Facebook é priorizar as postagens dos amigos no feed.

Com isso, as empresas que quiserem ter sucesso e atingir o maior número possível de pessoas por meio da rede precisam investir em campanhas patrocinadas. “Quem vive de orgânico é a Bela Gil”, brincou o empreendedora digital e palestrante Camila Porto, durante o Fire Festival – evento organizado pela Hotmart que aconteceu em Belo Horizonte entre os dias 27 e 29 de setembro. Bela Gil é culinarista e é conhecida por incentivar o consumo de alimentos orgânicos em seu programa de TV.

Alcance orgânico é o termo utilizado para denominar o número de usuários que receberam determinado post em seu feed sem nenhum tipo de patrocínio da publicação. “Esqueça essa coisa chamada alcance orgânico. Acabou”, disse a palestrante.

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Autora do livro “Facebook Marketing: Tudo que você precisa saber para gerar negócios na maior rede social do mundo”, Camila lembrou que é preciso se atentar ao custo de oportunidade antes de decidir não patrocinar uma publicação na rede social pensando em economizar.

“Você gasta tempo produzindo um vídeo. Gasta dinheiro contratando gente para editar. Aí você posta no seu Facebook [sem patrocinar] e tem duas curtidas e 50 visualizações”, exemplifica. “Hoje eu tenho uma verba só para fazer com que meus vídeos sejam visualizados”, destaca.

Já teve empresa que faliu

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A falência da empresa de mídia digital LittleThings é um exemplo de como essa mudança no algoritmo diminuiu consideravelmente o alcance das publicações. Vista como promissora na área, a LittleThings anunciou seu fechamento em janeiro culpou a priorização da rede social. 

Focada em notícias de bem-estar e conteúdo de serviços, a LittleThings produzia boa parte de seu conteúdo exclusivamente para o Facebook – muitas vezes com celebridades convidadas para participar de Lives.

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Mesmo com 12 milhões de seguidores e vídeos extremamente virais, que chamavam a atenção do mercado de mídia, a LittleThings não sobreviveu às mudanças do Facebook. Cerca de 75% do tráfego orgânico da companhia desapareceu – e as margens de rentabilidade, naturalmente, afundaram.

Segundo Mark Zuckerberg, as mudanças de algoritmo visam enfraquecer conteúdo consumido “passivamente”, ou seja, pelo qual as pessoas não se interessam de verdade, priorizando publicações de amigos e familiares. Isso prejudica diretamente companhias como a LittleThings.

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* O jornalista viajou a convite da Hotmart

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip