Bank of America recomenda compra para ação que já caiu 45%; entenda

Os analistas estão confiantes no desempenho das ações da Oi no longo prazo

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – 2014 não tem sido um bom ano para quem investe nos papéis da Oi (OIBR3), até o fechamento do dia 21 de maio, o papel já caiu 45,71%. No entanto, os analistas do Bank of America Merrill Lynch parecem confiantes de que essa situação será revertida. Eles recomendam compra para o papel e ainda calculam um preço-alvo de R$ 2,80 para a ação – potencial de valorização de 42,86% em relação ao fechamento de 21 de maio.

A instituição norte-americana, no entanto, ressalta: “esse não é um investimento para o curto prazo, e os investidores podem esperar que o preço fique volátil”. Os analistas afirmam que a empresa tem que passar por desafios significativos.

O primeiro dos desafios é o fraco/inexistente crescimento do setor no Brasil. Outro desafio é a economia portuguesa, que segue cambaleando e intensidade de capital da indústria, que está alta e segue com risco de aumentar mais para frente. Além disso, a dívida líquida da Oi, cerca de quatro vezes seu EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações na sigla em inglês), permanece acima da média.

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Em relação aos fatores que os analistas afirmam que devem impulsionar o papel para cima estão: a geração de caixa livre da empresa; mudanças que transformem a empresa mais competitiva, como melhor gerenciamento do capex (investimento em bens de capital); vendas seletivas de recursos, que devem ser bem vindas; e perspectivas para uma consolidação no Brasil.

A Oi oferece serviços telefônicos com grande alcance em 26 dos 27 estados brasileiros e também em Portugal, através da Portugal Telecom. O Bank of America Merrill Lynch firma que 75% de sua receita vem do Brasil e os outros 25% de Portugal. A empresa está passando por um processo de reestruturação que consiste em três partes principais: a fusão entre a Oi e a Portugal Telecom; uma injeção de R$ 8,25 bilhões na companhia; e uma reestruturação de ações, convertendo as ações preferenciais em ordinárias.