2019 tem tudo para ser o ano da Bolsa no Brasil; saiba como aproveitar a alta

Para analistas, o momento de investir na renda variável é esse

Mariana Zonta d'Ávila

Gráfico de ações (Crédito: Shutterstock)

Publicidade

SÃO PAULO – Cada vez mais perto dos 100 mil pontos, o Ibovespa está diariamente alcançando as máximas históricas. Analistas e investidores estão eufóricos, afinal, a bolsa não para de surpreender.

Na opinião da XP Investimentos, a bolsa é o melhor ativo do Brasil atualmente, e o seu principal índice tem potencial de atingir os 125 mil pontos até o final do ano. O otimismo é compartilhado por Pedro Chermont, sócio fundador da Leblon Equities, que acredita que a parte mais aguda da recessão econômica já passou e a hora de comprar ações é agora.

“A Selic está em 6,5% ao ano, o que torna os investimentos em renda fixa pouco atrativos, o potencial de crescimento das empresas é alto e os investidores globais estão com baixa alocação no Brasil. Temos, ainda, a expectativa da reforma da previdência, essencial para melhorar o balanço do estado, e também das privatizações”, diz.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Segundo ele, as boas empresas não ficaram paradas durante a crise, mas melhoraram suas operações e estão com muita capacidade ociosa. “Com a continuidade desse cenário, a expectativa é que o lucro das empresas aumente para patamares superiores aos verificados em 2010 e o preço das ações suba”, explica.

Mas como surfar essa alta da renda variável? Conversamos com Alexandre Wolwacz, sócio da Leandro & Stormer, que listou três possibilidades diferentes do investidor aproveitar o momento da bolsa. Confira:

1. Investir no índice

O investidor que quer aproveitar o movimento de alta do Ibovespa de uma maneira geral, mas não quer se preocupar em identificar as empresas ideais, pode investir no próprio índice através do ETF (Exchange-Traded Fund, em inglês) da Bovespa, o BOVA11.

Continua depois da publicidade

Esse ETF funciona como uma cesta de ações e procura capturar o mesmo movimento do índice. Dessa forma, ao comprar um ETF, você está comprando exatamente a mesma valorização – ou desvalorização – que o Ibovespa terá no período em que você ficar comprado.

Wolwacz explica que uma das grandes vantagens é a possibilidade da diversificação (por ser uma coletânea de ações), o que diminui um pouco risco. Por outro lado, é menos provável que a carteira tenha valorizações gigantescas, como alta de 100, 200 ou 300% em um ano.

Invista em ETFs com a melhor assessoria do Brasil: abra uma conta na XP – é de graça!

Segundo Alexandre, outra opção interessante é o ETF de Small Caps (SMALL11), que conta com ações de pequenas empresas. “Essas empresas são geralmente as que mais se valorizam em um movimento forte de alta”, diz.

O investidor que pensa em investir no BOVA11 pode dividir o capital entre ele e SMALL11, na opinião de Wolwacz, porque as small caps costumam ter uma valorização maior quando o Ibovespa sobe. Mas alerta: “Da mesma forma, as small caps tendem a cair um pouco mais quando o Ibovespa cai, dada a maior volatilidade”.

2. Fundos de ações

Outra forma de aproveitar o otimismo do mercado com a bolsa é através do investimento em fundos de ações de gestão ativa, ou seja, aqueles que contam com gestores que estão constantemente analisando os diferentes cenários e os ativos do portfólio.

Dessa forma, você está delegando para um gestor, que já tem experiência, a escolha das melhores ações para compor seu portfólio. Segundo Wolwacz, investir em um bom fundo de ação é a opção mais ‘sensata’ neste momento, justamente por contar com um profissional que está acompanhando os cenários e que tem o ‘know-how“.

É importante lembrar que os fundos de ações cobram taxa de administração e alguns, taxa de performance – essas são descontadas do retorno do investimento no período. Mas mesmo com essas taxas, quando o fundo é bem gerido o retorno tende a compensar.

3. Comprar ações individualmente

A terceira opção é investir por conta própria, ou seja, fazer o próprio ‘stock picking’ (seleção de papéis). Essa alternativa, porém, pode ser arriscada. “Quando a pessoa monta a própria carteira, ela pode escolher uma ação que pode vir a subir muito, como também pode acabar tendo prejuízo”, lembra.

Em outras palavras, da mesma forma que o investidor pode ter ganhos turbinados com o papel, pode perder bastante caso as apostas mostrem-se erradas. 

Para quem prefere montar seu próprio portfólio, Wolwacz sugere a escolha de papéis em setores com maior potencial de valorização. No momento, o especialista lembra do setor de saneamento e de empresas com potencial de privatização.

No começo da semana, a XP divulgou o relatório Year Ahead, em que listou as melhores ações para investir no momento. Segundo a equipe de análise, boas oportunidades podem ser encontradas em Petrobras (PETR3), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Azul (AZUL4). No campo das varejistas, as favoritas são B2W (BTOW3) e Lojas Americanas (LAME4).

Além disso, no portfólio as apostas em cíclicos globais são maioria. É o caso de Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e JBS (JBSS3), empresas que, segundo os analistas, devem acelerar seus resultados em 2019 com o aumento da demanda.

Seja sócio das melhores empresas da Bolsa com a ajuda da melhor assessoria: abra uma conta de investimentos na XP – é de graça!