Investimento “menos popular” ameaça reinado de títulos públicos em fundos

Maior participação das debêntures nas carteiras dos fundos é um reflexo do aumento das emissões de empresas brasileiras no mercado de capitais

Weruska Goeking

Foto: reprodução

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SÃO PAULO – As debêntures apresentaram o maior avanço entre os principais ativos de renda fixa que compõem as carteiras dos fundos de investimento em 2017, com crescimento de 34,7%, contra recuo de 5,1% em 2016. 

O resultado chega a ser maior do que aumento de 32,3% dos títulos públicos, que ainda detêm a maior participação nos fundos, com pouco mais da metade dos aportes em renda fixa, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Mantida a perspectiva de melhora do ambiente de negócios em 2018, uma vez que as emissões de debêntures já subiram 1,06% até fevereiro, a expectativa é que a busca dos investidores por maior rentabilidade, decorrente da baixa dos juros, possa contribuir para que os títulos privados sigam em crescimento na indústria de fundos.

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Entre os títulos de renda fixa, considerando os públicos e os privados, a maior participação das debêntures nas carteiras dos fundos é um reflexo do aumento das emissões de empresas brasileiras no mercado de capitais.

A parcela dos papéis corporativos na composição dos fundos, que estava em queda desde 2014 como efeito do agravamento da crise econômica, mostra sinais de estabilização, mantendo, do fim de 2016 até o início deste ano, o patamar de 12%. Os títulos públicos ainda representam quase a totalidade das carteiras, com 75%, enquanto os bancários totalizam 13%.

As emissões de debêntures estão em alta desde 2010. Apesar disso, a representatividade de títulos corporativos no total das carteiras dos fundos brasileiros ainda está aquém do que se observa nos mercados mais desenvolvidos.

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Enquanto na indústria de fundos norte-americana esses papéis respondiam por 16% do total em 2016, segundo dados do ICI Fact Book, 2017, por aqui, a parcela dos títulos corporativos representa 8% do total das carteiras dos fundos em fevereiro de 2018.

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