Fundo que “surfa as maiores e melhores ondas” do mercado rende 10 vezes o CDI em 2018

O fundo Seival FGS Agressivo acumula ganhos de 26,65% até maio, mais de 10 vezes o CDI (2,59%) no mesmo intervalo

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Os fundos quantitativos são uma ótima opção para ter na carteira para fugir das turbulências do mercado, como a que atingiu o Ibovespa nesta semana com a greve com caminhoneiros. A vantagem desses fundos é que eles conseguem ficar descorrelacionados dos acontecimentos domésticos e estão em busca das “melhores e maiores ondas”, conforme explica Carlos G. Chaves, CEO e co-fundador da Seival Investimentos.

Chaves está a frente do fundo Seival FGS Agressivo, que acumula ganhos de 183,2% desde seu início, em dezembro de 2009, desempenho 37% acima do CDI (133,71%) neste período. Em 2018, os ganhos do fundo são de 26,65% até maio, mais de 10 vezes o CDI (2,59%) no mesmo intervalo. 

Mas o que é um fundo multimercado quantitativo? Para resumir como funciona um “fundo quant” em poucas palavras: o time de analistas escolhe uma estratégia “criada” por um gestor, valida a hipótese de investimento fazendo um ‘backtesting’ (que seria replicar essa estratégia no passado para ver se ela seria lucrativa).

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“O fundo quantitativo às vezes assusta as pessoas”, conta Chaves, sobre a hesitação de alguns investidores sobre a relação homem-máquina e dinheiro nesse tipo de estratégia. Mas o gestor do fundo tranquiliza: “buscamos surfar as melhores ondas, as maiores e as mais longas e, para isso, é preciso estar bem atrás da arrebentação e e abrir mãos das ondas pequenas e curtas. As melhores se formam com menor frequência”, explica.

É de olho nessas ondas menos recorrentes, mas maiores, que Chaves consegue entregar aos cotistas dos fundos boa rentabilidade – com perdas pequenas quando ocorrem e ganhos elevados em seus acertos.

O Seival FGS Agressivo surfa nas ondas dos mercados brasileiro, Estados Unidos, Europa e Ásia de olho em quatro quatro classes de ativos: moedas, taxas de juros, índices de ações e commodities. A estratégia procura por tendências e ciclos de longo prazo, sempre de olho no preço dos ativos. “Não fazemos previsão alguma. Se o preço sobe e entra em tendência de alta, compramos. Se o preço desce, vendemos e seguimos a tendência de queda”, conta o gestor.

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Neste ano, as ondas surfadas que justificam os ganhos elevados do fundo foram as dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, Euro-Bund, iuan, dólar, Ibovespa e os mercados futuros de milho e boi gordo, entre outros. Atualmente, o fundo está vendido em Ibovespa e comprado em dólar e juros futuros. 

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Descolamento total

Além de se descolar do mercado doméstico, tendo como benchmark o Ibovespa, o fundo também se mostra descorrelacionado dos fundos multimercados em geral. Um teste feito pela Seival Investimentos mostrou que a correlação do Seival FGS Agressivo com o IHFA (Índice de Hedge Funds Anbima, que reflete a evolução de uma aplicação hipotética em uma cesta de fundos selecionados foi de 0,12. Com o Ibovespa, a correlação é negativa em 0,08. 

Será que o gestor tem algum receio em relação às turbulências das eleições que se aproximam? “Volatilidade para nós é como um bom colesterol. Não tentamos eliminar, mas aproveitar a volatilidade. Não concordamos que volatilidade é risco, ela não tem influência nenhuma na nossa estratégia. Volatilidade é o nosso combustível”, conta Chaves. 

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