Entenda a metodologia do Ranking Melhores Fundos

O ranking InfoMoney-Ibmec premiou os gestores mais consistentes do setor de fundos de investimento

Equipe InfoMoney

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O Ranking InfoMoney Ibmec de Melhores Fundos tem o objetivo de premiar os gestores mais consistentes do setor de fundos de investimento.

A iniciativa partiu da ideia de que os rankings existentes atualmente favorecem aqueles fundos que tiveram uma janela extremamente positiva em um curto período (de até um ano), mas não consideram a capacidade de os gestores gerarem retorno no longo prazo (em um período mais longo de 3 anos).

Isso pode levar o investidor a uma tomada de decisão equivocada, visto que deveria trocar periodicamente de fundo para obter a melhor performance.

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Sabe-se que, na prática, o investidor que adere a um fundo de investimento deseja comodidade e performance frente ao risco assumido por longos períodos de tempo.

Categorias

Para a primeira edição do Ranking InfoMoney Ibmec de Melhores Fundos, foram observadas quatro classes de fundos diferentes: Renda Fixa Crédito Privado; Multimercado; Ações; Fundos Imobiliários. Além disso, houve uma menção honrosa para uma gestora de fundos de investimento de impacto social.

Tais classes de fundos tiveram destaque importante na indústria em 2018. Para se ter uma ideia, só os fundos multimercado e de ações representaram, aproximadamente, 85% da captação total da indústria no ano.

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Além disso, os fundos de crédito privado foram os grandes destaques dentro da categoria Renda Fixa, enquanto os Imobiliários se sobressaíram entre os alternativos.

Vale lembrar que a classe Renda Fixa Crédito Privado não é uma classificação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Crédito Privado é um sufixo que, pela ICVM 555, permite ao fundo alocar mais de 50% do patrimônio em ativos de crédito privado. As demais classes – ações, multimercado e fundos imobiliários – seguem a classificação da CVM.

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Metodologia

Para evitar que fundos não distribuídos ao investidor comum fossem considerados na amostra, foram aplicados alguns filtros no universo de mais de 16 mil fundos registrados na CVM. A base de dados utilizada foi a da Economatica.

Além disso, fundos com patrimônio reduzido foram desconsiderados, dado que, em alguns casos, esses fundos podem ser favorecidos por executar operações inviáveis para veículos com patrimônio elevado, dada sua agilidade e facilidade de negociação em ativos com mais baixa liquidez. Seguem abaixo os filtros utilizados em cada uma das categorias do prêmio:

Fundos de Renda Fixa Crédito Privado

Fundos Multimercado

Fundos de Ações

Fundos Imobiliários

Por que 36 meses?

Entende-se que os fundos são investimentos de longo prazo. Um estudo elaborado pela XP Investimentos mostra que, considerando o principal índice de fundos multimercados da indústria, o IHFA (Índice de Hedge Funds da Anbima), desde o início da série em 2008, quando analisamos mensalmente janelas de 12 meses, percebemos que, em 72,58% das vezes, o índice supera o CDI.

Entretanto, quando analisamos janelas de 36 meses, notamos que esse indicador sobe para 98,99% das vezes. Portanto, considerou-se que 36 meses deve ser a janela ideal para a análise de um fundo de investimento para premiação justa dos gestores.

Utilizou-se o Índice de Sharpe como métrica para o ranking. No caso dos fundos de Renda Fixa Crédito Privado, por possuir volatilidade extremamente reduzida, proporcionam um Índice de Sharpe significativamente maior e sem sentido comparativo.

Dessa forma, a metodologia do estudo limitou a volatilidade dos fundos dessa categoria e adotou-se o retorno simples para efeito de comparação. Sharpe: O Índice de Sharpe, criado por William Sharpe (Nobel de Economia em 1990), é um indicador que permite avaliar a relação entre o retorno e o risco de um investimento.

Ele mede qual é a relação entre o retorno excedente ao ativo livre de risco e a volatilidade. Para o ativo livre de risco, escolhemos o CDI. Na conceituação do índice, teoricamente, quanto maior o Índice de Sharpe, melhor a performance da carteira vis-à-vis seu risco. Isto é verdade até um ponto, pois, como qualquer índice, o de Sharpe não deveria ser interpretado isoladamente; fatores de preferência/satisfação do investidor, tais como grau de aversão ao risco, retorno esperado etc., devem ser considerados para uma tomada de posição.

Contudo, como a premiação já é segregada por classificação de Fundos (Renda Fixa Crédito Privado; Multimercado; Ações e Imobiliários) elimina-se o efeito referente à aversão, preferência ou esperança de retorno, uma vez que o investidor ao aderir a uma dessas classificações deveria entender o risco assumido.

Construção do Ranking

Considerou-se um período de 3 anos para a análise;
– Divide-se o período em 6 janelas semestrais, dado que, na maioria dos casos, o “ciclo natural” de uma gestora de recursos ocorre semestralmente, principalmente, com a cobrança da taxa de performance e pagamento dos bônus da equipe;
– Para cada semestre, calcula-se o Índice de Sharpe de cada fundo (obs.: no caso de renda fixa, dada a volatilidade próxima a zero, considera-se o retorno);
– Para ponderação entre os fundos dentro de cada semestre, considera-se que o fundo de maior Índice de Sharpe de cada semestre tem pontuação 100, enquanto o fundo de menor índice de Sharpe fica com pontuação 0. Já os fundos intermediários têm uma pontuação de 0 a 100 padronizada de acordo com os valores do Índice de Sharpe máximo e mínimo;
– Dessa forma, cada fundo possui uma pontuação de 0 a 100 para cada um dos semestres analisados;
– Para ajuste de importância de cada semestre, considera-se para ponderação a pontuação de cada semestre por um percentual arbitrado, conforme tabela abaixo:

Ano-semestre 2018-2 2018-1 2017-2 2017-1 2016-2 2016-1
Ponderação 25% 25% 20% 15% 10% 5%

O critério da arbitragem para ponderação do semestre considera que, sendo a periodicidade de aplicação do prêmio anual, os pesos de importância devem ser iguais para o primeiro e segundo semestres de 2018 (em 25% para cada).

Mas, à medida que o semestre se afasta do ano a ser premiado, menor deverá ser o seu peso de importância. Neste caso, foi adotado um decaimento de 5% para cada semestre. Dessa forma, o ano de premiação do fundo representa 50% do valor total a ser considerado para a formação do ranking, sendo necessário que o gestor também apresente uma boa performance nos demais semestres, anteriores ao ano da aplicação do prêmio para ser considerado vencedor. Ou seja, a eficiência do gestor ao longo do tempo deve ser considerada;

Por fim, soma-se a pontuação ponderada, chegando em um valor final que pode variar de 0 a 100 para formação do ranking e o fundo com a maior pontuação será o vencedor.

Fundos com menos de 36 meses são considerados na avaliação. Entretanto, nos semestres em que não há rentabilidade durante o período completo, esses fundos ficam com a pontuação nula (igual a zero).

Dessa forma, permitimos que fundos mais novos sejam elegíveis ao prêmio, mas, por não conseguirmos avaliar sua consistência por meio da análise de um período mais longo, eles são penalizados.

No caso dos fundos imobiliários, optou-se por excluir os FIIs com menos de 36 meses desde seu lançamento até a database. Isso porque IPOs neste mercado possuem dinâmica de lançamento muito diferente da de fundos consolidados, e por isso sua inclusão na amostra enviesaria a análise.

A todo momento, procurou-se maior rigor na análise comparativa, algo especialmente importante em um mercado tão recente como o de FIIs.

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