Os 3 setores onde a maioria dos empreendedores brasileiros ficaram milionários

SÃO PAULO – Um estudo do BNP Paribas revelou que 29% dos empreendedores multimilionários brasileiros, ou seja aqueles que são donos de 3 ou mais companhias no país e que possuem patrimônio líquido de no mínimo US$ 13,4 milhões, acumularam suas fortunas no setor de Tecnologia da Informação (TI).  O setor chamado pelo relatório de “Online, Mobile e Digital” e o de Varejo aparecem logo em seguida. Juntas essas três indústrias dominantes no país representam 48% de operações totais. 

Além dos brasileiros, empreendedores de elite da Índia (20%) e dos Emirados Árabes (16%) também construíram suas fortunas no setor de TI.  

A pesquisa considerou o terceiro trimestre de 2017 e entrevistou 2.706 empreendedores homens e mulheres, em 22 países, incluindo Brasil, EUA, China, França, Alemanha, Suíça e Emirados Árabes. Segundo o relatório, os multimilionários entrevistados em todo o mundo têm fortuna acumulada de US$ 36 bilhões e a receita média da primeira empresa criadas por eles é de US$ 25,1 milhões. 

Quando se olha o resultado global, o setor de TI representa 10% do total de empreendedores multimilionários, seguido pelo Varejo, também com 10% do total de entrevistados construindo suas fortunas nesta área. Em terceiro ficou o setor de construção com 9% do total de entrevistados. 

Confira os 3 principais setores em que empreendedores de elite entrevistados acumularam suas riquezas em 2017 ao redor do mundo: 

Segundo o relatório, a concentração da indústria ao longo do tempo mostra um declínio. Há quatro anos, 72% da amostra global registrou receitas em apenas três setores: Tecnologia, Varejo e Finanças. Em 2017, nenhum setor único atraiu mais de 10% dos empresários em geral e os dez melhores juntos representam 65% das atividades de negócios globais. “Este declínio na concentração sugere que os empresários estão diversificando sua criação de riqueza procurando novos setores e oportunidades”, diz o relatório.

Investimentos em startups 

Dado que o setor que mais rende financeiramente para os empreendedores brasileiros é o de tecnologia, o relatório argumenta que isso gera um resultado como consequência: os brasileiros estão entre os que mais investem em startups. Com porcentagem semelhante a China e Índia, 28% dos entrevistados brasileiros apontam as startups como uma das prioridades para investimento. “Globalmente, quase um em cada cinco empresários investe em startups; no entanto, em mercados de alto crescimento, como o Brasil, a China e Índia, a aceitação está mais próxima de 30%”, diz o estudo. 

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