O que é Copom? Conheça o comitê que define a Selic

Nesta quarta-feira (20) o Comitê de Política Monetária (Copom) decide os rumos da Selic - que está em 6,5% 

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (20) o Comitê de Política Monetária (Copom) decide os rumos da Selic – que está em 6,5%. Na última  reunião, o Comitê surpreendeu mantendo a taxa, quando a maioria do mercado acreditava que haveria um corte.

O Copom é bastante citado no noticiário econômico brasileiro atraindo atenções de todo o país a cada 45 dias com a reunião do colegiado do Banco Central para definir os rumos da taxa básica de juro da economia. Mas você sabe o que é o Copom e quais são suas atribuições?   

O que é o Copom? 

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O Copom foi criado em junho de 1996 com o objetivo de estabelecer um processo de definição da política monetária e aprimorar sua transparência. Assim, é o órgão que decide a política monetária do Banco Central (BC), sendo sua responsabilidade definir a meta para a taxa básica de juros, a Selic. 

A política monetária é um mecanismo de controle da oferta dinheiro na economia, ou seja, uma forma de estabilizar e controlar ao máximo os níveis de preços para assegurar um equilíbrio do sistema econômico do país, segundo a assessora de investimentos Fernanda Alves, da Praisce Capital.

Quais os objetivos do Copom?

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Segundo o BC, o Copom tem dois objetivos: 

a) estabelecer as diretrizes da política monetária;

b) definir a meta para a taxa básica de juros no Brasil e seu eventual viés.

O BC tenta manter a taxa Selic próxima a meta definida por meio de operações de mercado e medidas necessárias para manter a inflação de acordo com a meta. 

“Para controlar a moeda, a principal atividade do Banco central é determinar a taxa básica de juros – Selic. Quando o BC diminui os juros ele está adotando uma política expansionista, estimulando o consumo e consequentemente o crescimento econômico. Mas esse movimento é muito cauteloso, pois se incentivar demais pode trazer o aumento de preços e o descontrole da inflação”, explica Alves.

Segundo a assessora, outras medidas do BC controlar a oferta e demanda de moeda são:

a) o recolhimento de compulsórios, “é o recolhimento obrigatório de um depósito feito pelos bancos junto ao Banco Central”, diz. 

b) o redesconto bancário, “quando o Banco Central concede ‘empréstimos’ aos bancos comerciais a taxas acima das praticadas no mercado”, afirma.

c) operações de compra e venda de títulos públicos, também chamado de Mercado Aberto. “É um dos instrumentos mais eficazes para equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa de juros no curto prazo”, explica. 

Quantos dias de reunião? 

São dois dias de reunião, sempre de terças e quartas-feiras, que desde 2006 passaram a ocorrer oito vezes ao ano (ou a cada 45 dias). 

No primeiro dia são apresentadas informações como condições de liquidez e de funcionamento do sistema bancário, informações sobre os mercados
financeiros internacionais e de câmbio, informações sobre o mercado monetário e operações de mercado aberto,  conjuntura econômica doméstica e conjuntura econômica internacional. 

Já no segundo dia, são debatidas as conclusões, os membros do comitê votam. Definem um texto único do órgão, informando o posicionamento final do órgão com as explicações necessárias ao mercado. 

Quem participa do Copom?

O Copom é composto pelos membros da Diretoria do BC, e neste ano são eles:

Ilan Goldfajn: presidente do Banco Central, que tem o voto decisivo, caso haja empate; 

O que o Copom divulga além do conteúdo das atas da reunião? 

O Relatório de Inflação publicado ao final de cada trimestre, que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira no Brasil e apresenta suas projeções para a inflação.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.