Brasileiros deixam R$ 17,1 bilhões em um dos piores investimentos do ano

Os rendimentos da poupança totalizaram R$ 42,484 bilhões em 2017

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Após dois anos de saldo negativo, as cadernetas de poupança voltaram a ter captação líquida positiva em 2017 e os depósitos superaram as retiradas em R$ 17,126 bilhões. O resultado decorre de depósitos totais de R$ 2,085 trilhões e saques totais de R$ 2,068 trilhões.

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (5), o resultado foi alcançado devido ao desempenho de dezembro, que foi positivo em R$ 19,373 bilhões.

De um lado, o resultado é positivo diante da percepção de que os brasileiros voltam, aos poucos, a encontrar folga no orçamento para guardar dinheiro – o que seria um dos sinais de retomada da economia após a pior crise do último século vivida pelo país.

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Vale lembrar que, além da retomada da economia e do emprego, houve ainda a liberação dos saques de contas inativas do FGTS que injetou R$ 44 bilhões na economia em 2017. 

Durante o ano passado, os rendimentos da poupança totalizaram R$ 42,484 bilhões. Parece muito, mas as aplicações em poupança estão entre os três piores investimentos para 2018, segundo o analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech.

O analista contou no programa “Como viver de renda fixa” quais investimentos você deve evitar neste ano. Assista:

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Desempenho da poupança 

De janeiro a novembro de 2017, a poupança acumulou rendimento de 3,82%, já descontada a inflação do período, no melhor desempenho desde 2006, segundo levantamento da plataforma de análise financeira Economatica. 

Embora tenha alcançado seu melhor rendimento em 11 anos, os ganhos da poupança seguem muito abaixo de outras aplicações em renda fixa também conservadoras. O CDB com rendimento de 100% do CDI, por exemplo, rendeu no mesmo período, 6,67% – já descontada a inflação.

Uma aplicação de R$ 100 mil na poupança somado aos rendimentos teria alcançado R$ 103.820, enquanto um investimento do mesmo valor em CDBs que paguem 100% do CDI teria rendido R$ 105.303, já descontado os 20,5% de imposto de renda sobre o lucro.

Vale lembrar que se o dinheiro aplicado no CDB for mantido no investimento por mais tempo, menor é o desconto de imposto de renda, ou seja, a vantagem sobre a poupança é ainda maior. 

Veja a tabela regressiva das alíquotas de imposto de renda que incidem sobre os CDBs e outros investimentos de renda fixa:

Alíquota de Imposto de Renda Prazo de resgate
22,5% inferior a 6 meses
20,5% de 6 a 12 meses
17,5% de 12 a 24 meses
15% acima de 24 meses

Em todos os casos, cabe destacar que rentabilidade passada não garante ganhos futuros.