Você pode tirar dinheiro da poupança quando quiser – mas paga por isso

Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos, explica como funciona a liquidez da poupança no programa "Como viver de renda fixa"    

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Todo mundo já ouviu que comemorar aniversário antes da data certa dá azar, certo? O que os místicos dizem sobre isso não é um consenso, mas nas finanças uma coisa é certa: sacar dinheiro no “dia errado” da poupança te faz perder um mês inteiro de rentabilidade e, isso sim, é um grande azar no seu orçamento.

Azar porque a poupança já rende muito pouco e em muitos anos perde até mesmo para a inflação – ou seja, ela não traz ganho real para o investidor. Além disso, há outro problema que nem todo mundo conhece: se precisar sacar algum valor antes da data de aniversário do depósito, todo rendimento daquele mês é anulado.

Na prática, se você depositou no dia 30 de junho, a rentabilidade mensal do dinheiro – de 0,37% hoje – será contabilizada todo dia 30 dos meses seguintes. Se precisar de parte do valor antes dessa data e resgatar antes do dia 30, deixará de ganhar o lucro daquele mês.

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Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos, explica melhor como funciona a liquidez da poupança no programa Como viver de renda fixa.

“A caderneta de poupança é uma das formas de investimentos mais usadas pelos brasileiros por não ter custos e riscos baixos. Por outro lado, o rendimento é extremamente baixo e o investidor corre o risco de ficar sem nenhum ganho se fizer a retirada na data errada”, destaca Indech.

Ele lembra que se o aniversário do depósito na caderneta cair em um sábado, domingo ou feriado, a data é postergada para o próximo dia útil, prolongando ainda mais o crédito dos ganhos.

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Levando em consideração os motivos que fazem os brasileiros buscarem a poupança, é possível chegar a conclusão que há outras aplicações que oferecem as mesmas características com ganhos superiores.

Os CDBs de liquidez diária, por exemplo, permitem o saque a qualquer momento – sem o tal “mesversário” ou carência de prazos – e rendem em média de 90% a 100% do CDI (atualmente em 6,5%), enquanto a poupança paga só 70% do CDI.

Vale lembrar que os CDBs também contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), assim como a poupança. Essa proteção vale para investimentos até R$ 250 mil – incluindo a rentabilidade alcançada.

Qualquer problema que o emissor do título venha a ter que comprometa o pagamento dos investidores será coberto pelo FGC até R$ 250 mil, com teto de R$ 1 milhão a cada 4 anos, por CPF ou CNPJ.

Outra opção é o título Tesouro Selic, que paga 100% da Selic, e mesmo com a incidência de taxa de 0,25% da B3, rende mais que a poupança. Confira simulação de investimento de R$ 5 mil por um ano:

Ativo Aplicação Rentabilidadebruta em 1 ano* Imposto derenda descontado* Valor para resgateem 1 ano*
CDB de 90%
do CDI
R$ 5.000 R$ 321,79 R$ 56,31 R$ 5.265,48
Tesouro Direto R$ 5.000 R$ 352,86 R$ 61,75 R$ 5.275,34
Poupança R$ 5.000 R$ 234,21 R$ 5.234,21

*Simulação leva em consideração aporte de R$ 5 mil em 26 de julho de 2018 e resgate em 26 de julho de 2019

Os ganhos do Tesouro e do CDB, mesmo após o desconto do imposto de renda, superam a poupança. O CDB tem a mesma proteção do FGC e o Tesouro só dá calote se o país entrar em colapso, o que levaria à bancarrota muitos grandes bancos antes disso. Ou seja, o risco é mínimo, como na poupança.

A simulação foi realizada levando em consideração taxa zero de corretagem para aplicação no Tesouro Direto, condição facilmente encontrada no mercado atualmente.

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