Após queda da Selic, previdência privada muda estratégias de investimentos

Com juros mais baixos, renda variável e investimento no exterior se destacam também no mercado de previdência complementar

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Com a queda das taxas de juros, o investidor que antes estava confortável com seus investimentos em renda fixa, hoje precisa se movimentar um pouco mais para buscar iguais ou maiores rentabilidades. O mesmo acontece com o mercado de previdência complementar aberta, que tem procurado novas estratégias de investimentos para valorizar as aplicações de longo prazo.  

Em almoço com jornalistas na última segunda-feira (11), Paulo Valle, presidente da Brasilprev, afirmou que a companhia lançou novos produtos para acompanhar este cenário de queda na taxa de juros: “Começamos o ano com a taxa Selic em 13,75% ao ano e estamos terminando o ano com uma taxa de juros de 7% a.a., o que muda bastante o comportamento de investimento”. Dentre os novos produtos, o executivo destaca os fundos de renda fixa de longo prazo e os multimercados com estratégias diferenciadas, entre elas, a opção de investimentos no exterior.

Há também, fundos multimercados que permitem uma alocação de até 70% da carteira em ações, garantindo uma gestão mais ativa e retornos maiores. De acordo com a Brasilprev os produtos tiveram boa receptividade entre os clientes e, em apenas dois meses, mais de R$ 3 bilhões foram incorporados ao patrimônio da empresa.

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Com os novos produtos ofertados, a companhia vê uma forma de alongar os prazos de investimento em renda fixa, aplicar até 10% em investimentos no exterior e ainda, investir na renda variável, que deve melhorar com a retomada da economia. “O olhar permanece para ganhos em períodos maiores, mas sem perder as oportunidades de curto prazo”, disse Valle.

Outra novidade anunciada foram as plataformas multifundos, as quais permitem que o investidor migre para qualquer outro fundo, sem custos e de forma digital, para buscar melhores rentabilidades. “Com essa família de fundos acreditamos que estamos oferecendo para os nossos clientes fundos mais adequados para este cenário de juros menores (de 7% ao ano), e com um cenário que parece que tem condições de se perdurar por um prazo bem maior do que já visto na história”, afirmou.

Altair César de Jesus, superintendente de investimentos da Brasilprev, explica que a vantagem de investir pensando em projetos de longo prazo é que o investimento não passará somente pelas eleições presidenciais de 2018, como por muitas outras eleições. “Ao investir todo mês e pensando no longo prazo, podem surgir oportunidades”, diz.