Fundos com taxa alta já perdem para poupança; conheça os investimentos que pagam mais

 A poupança tem seu ganho garantido por lei, de TR + 6,17% ao ano, e não sofre qualquer tributação, enquanto os fundos de renda fixa pagam taxa de administração e imposto de renda sobre os rendimentos

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – Com os cortes na taxa Selic que já somam 4 pontos percentuais e a precificação dos mercados financeiros de que o afrouxamento monetário deve continuar nos próximos meses, alguns fundos de investimentos de renda fixa mostram retornos menores do que a poupança.

 Um levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade) mostra que as aplicações de baixo valor – em que os fundos de investimento cobram taxas de administração mais elevadas – a poupança tem retorno maior, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 2% ao ano.

 A poupança tem seu ganho garantido por lei, de TR + 6,17% ao ano, e não sofre qualquer tributação, enquanto os fundos de renda fixa pagam taxa de administração e imposto de renda sobre os rendimentos. A tributação é maior quanto menor for o prazo de seu resgate.

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 Veja abaixo uma simulação de retorno de fundos de investimentos:

Prazo de resgate Alíquota do imposto de renda Taxa de administração ao ano Rendimento mensal
Até 6 meses 22,50%

0,50%

1%

1,50%

2%

2,50%

3%

0,60%

0,57%

0,53%

0,50%

0,46%

0,43%

Entre 6 meses e 1 anos 20%

0,50%

1%

1,50%

2%

2,50%

3%

0,62%

0,59%

0,55%

0,52%

0,49%

0,45%

Entre 1 ano e 2 anos 17,50%

0,50%

1%

1,50%

2%

2,50%

3%

0,64%

0,61%

0,57%

0,54%

0,51%

0,47%

Acima de 2 anos 15%

0,50%

1%

1,50%

2%

2,50%

3%

0,66%

0,63%

0,59%

0,56%

0,53%

0,49%

Todos os rendimentos sublinhados mostram rendimentos inferiores ao da poupança para o período, de 0,52% por mês.

Com a perda de rentabilidade de alguns fundos, outras opções de investimentos surgem como alternativa para manter os ganhos elevados. O professor do curso Tesouro Direto com Ganhos Turbinados, do InfoMoney, e economista Alan Ghani aponta o Tesouro Direto como uma boa opção para quem precisa de rentabilidade diária, destacando que há o risco do resgate antecipado, que pode dar maior ou menor retorno.

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 “Quem vende antes do resgate no vencimento está sujeito às taxas do mercado”, diz Ghani. Entre os títulos disponíveis, o economista destaca o Tesouro IPCA+ 2024, que nesta terça-feira (13) paga 5,53% e tem preço unitário de R$ 2.042,48, com fração de valor mínimo de R$ 40,84.

 “Há pouco tempo, antes da divulgação da conversa entre Joesley Batista e Michel Temer, essa taxa estava em 5,10%. Se o investidor acredita que o país vai melhorar, talvez seja o momento de comprar esses títulos do Tesouro Direto”, afirma.

 Quem pode abrir mão da maior liquidez que os títulos do Tesouro Direto oferece, Ghani destaca os investimentos em LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), que não têm incidência de imposto de renda, mas não podem ser resgatadas a qualquer momento.

 Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) também surgem como boa opção de longo prazo, mesmo com o pagamento de imposto de renda, segundo Ghani. “Alguns CDBs de bancos menores têm taxas muito atrativas. Acima de 105% do CDI já é uma rentabilidade legal e tem bancos pagando até 115%”, diz Ghani.

 Segundo a Anefac, com taxa do CDB em torno de 85% do CDI, o investidor consegue obter ganho igual ao da poupança.