Primeiro ETF de renda fixa do Brasil já permite negociação de cotas na B3

Investidor com perfil de renda fixa poderá negociar fundos em bolsa em busca de ganhos maiores

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A Mirae Asset Global Investments anunciou neste mês a criação do primeiro ETF (Exchange Trade Fund) de renda fixa do Brasil. O produto, já aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), funciona como um fundo de renda fixa, mas, como ETFs “tradicionais”, suas cotas podem ser negociadas entre investidores via pregão eletrônico – isso pode aumentar o lucro do investidor via venda em momentos mais atrativos, por exemplo.

O lançamento se antecipou a um edital do Tesouro Nacional que está selecionando um gestor para o mesmo tipo de produto. A emissão inicial deste programa, divulgado no Diário Oficial da União em maio, é de R$ 300 milhões em títulos públicos, e a e a gestora selecionada terá um prazo de 18 meses para lançar o produto.

Este ETF terá um indexador próprio, que permite exposição à taxa de juros prefixada e mede o retorno do investimento por meio de uma carteira teórica calculada pela S&P Dow Jones Índices, com Contrato Futuro de Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia (DI1) e que compreende o período aproximado de três anos. A Mirae diz que a pesquisa para a criação deste indexador durou dois anos.

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Para o presidente da Mirae Asset no Brasil, Jisang Yoo, o interesse do governo neste produto é “um verdadeiro marco para o desenvolvimento econômico do País, já que é um produto que ganha cada vez mais espaço no mercado internacional e se mostra bastante rentável para diversos tipos de investidores”. Ainda assim, a opção da gestora foi trabalhar sozinha.

Na prática, o ETF de Renda Fixa é um investimento que segue o desempenho de um índice, pois contém os mesmos ativos e busca refletir integralmente as variações e rentabilidade antes de taxa e despesas. “Queremos atingir, principalmente, o investidor com perfil de Renda Fixa disponibilizando instrumento com toda a transparência e acesso do Mercado Organizado na B3.

Outro atrativo é a possibilidade do investidor de negociar suas cotas com outros interessados e acompanhar seu rendimento de maneira rápida e eficiente por meio do pregão eletrônico disponibilizado nas plataformas de negociação”, diz o diretor de Investimentos da Mirae Asset no Brasil, André Pimentel.

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Comparado a um fundo de renda fixa comum, o ETF chama a atenção pela taxa de administração, de apenas 0,3% ao ano. “O fundo também poderá atrair investidores estrangeiros por conta da possibilidade do benefício fiscal, que inclui a isenção de IR e zero de IOF”, destaca a Mirae. Vale lembrar que a indústria de fundos de renda fixa vale mais de R$ 1,9 trilhão. A expectativa da empresa é que o mercado de ETFs de renda fixa atinja patamares elevados.

“Ao adquirir cotas do ETF de Renda Fixa, o investidor passa a deter ativos de renda fixa da carteira teórica do índice de referência, sem a necessidade de comprá-los no mercado, o que poderia envolver mais custo nessas negociações. Com isso, pretendemos democratizar o baixo custo e a boa rentabilidade também aos pequenos investidores”, explica Pimentel.

O que é um ETF?

De maneira geral, ETFs funcionam como um mix entre fundos e ações: como fundos, eles representam uma seleção de títulos ou ativos; mas, como ações, podem ser negociados em bolsa durante o horário de pregão. No Brasil, o ETF mais conhecido é o Ibovespa Fundo de Índice (BOVA11), que replica os resultados do Ibovespa na valorização ou desvalorização. Se o Ibovespa valorizar 10%, este ETF oferece um resultado muito semelhante – o mesmo vale para a desvalorização.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney