Descubra os títulos do Tesouro Direto com os melhores e os piores rendimentos no 3º trimestre

Títulos de curtíssimo prazo atrelados aos rendimentos diários da taxa Selic apresentaram a pior performance, com variação de 2,30%

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – As expectativas de inflação e juros baixos, que vêm determinando as valorizações dos preços dos ativos de renda fixa, foram mantidas em setembro. O IMA-Geral, índice da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que reflete a variação dos títulos públicos em mercado, apresentou retorno de 1,33% no mês passado e os índices que refletem as carteiras de prazos mais longos apresentaram melhor performance. 

Entre os títulos indexados, o IMA-B 5+, que representa a carteira das NTN-Bs acima de cinco anos (títulos atrelados a inflação com vencimento em cinco anos ou mais), registrou variação de 2,40%, enquanto o IRF-M 1 +, de títulos prefixados com prazo acima de um ano, avançou 1,73%.

O resultado ficou em linha com o que ocorreu ao longo de todo o terceiro trimestre, período marcado pela queda da inflação em ritmo acima do previsto pelo mercado, o que provocou reduções adicionais nas previsões da taxa Selic para o final deste ano.

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O melhor desempenho no trimestre foi o do IMA-B 5+, que acumulou valorização de 8,64%. Na ponta contrária, o IMA-S, índice que reflete a carteira das LFTs – títulos de curtíssimo prazo atrelados aos rendimentos diários da taxa Selic-, apresentou a pior performance, com variação de 2,30%.

Confira a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto no gráfico abaixo:

A despeito da maior rentabilidade das NTN-Bs de longo prazo, a liquidez destes títulos no mercado secundário concentrou-se nos cinco primeiros vencimentos em setembro, com prazos entre 2018 e 2022, representando 79% do volume total negociado. O título mais líquido foi aquele com vencimento em 15 de agosto de 2022, que deteve 27% deste montante.

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Esse perfil de negociação sugere que a maior parte das NTN-Bs com resgates entre 2023 até 2055, equivalentes aos 21% restantes das operações realizadas, podem estar classificadas nas carteiras como títulos mantidos até o vencimento, já que são mais compatíveis com passivos de longo prazo dos investidores institucionais.

Veja os títulos mais negociados no mês passado: