Riscos e oportunidades: o que esperar para a renda fixa em 2019?

Com aprovação de reformas no próximo ano, Tesouro Direto deve voltar a permitir ganhos turbinados

Mariana Zonta d'Ávila

"Shutterstock"

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SÃO PAULO – O mercado espera o próximo ano com grandes expectativas para o contexto nacional, que incluem um governo reformista e “pró-mercado”, um cenário de juros mais baixos, retomada da economia e melhora dos indicadores. Mas como está o cenário para as taxas de juros dos títulos públicos e como ganhar dinheiro com isso?

O professor do InfoMoney Alan Ghani explicou no programa “Tesouro Direto com Ganhos Turbinados” desta semana, que com a aprovação das reformas em 2019, em especial a da previdência, as taxas de juros tendem a cair. Por isso, caso o investidor esteja otimista com a aprovação das medidas, boas opções podem ser encontradas nos papéis com vencimento até 2035, como o Tesouro Prefixado com vencimento em 2035, Tesouro IPCA+ com vencimentos em 2024, 2035 e Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2026 e 2035.

Segundo Ghani, com a diminuição do risco pelo prêmio, títulos prefixados com rentabilidades próximas a 10% ao ano, por exemplo, podem ter suas taxas reduzidas a 8% a.a. Isso ocorre porque o mercado entende que o ajuste fiscal está mais próximo e vê isso como positivo. O efeito disso é uma queda nas taxas de juros, como se o mercado estivesse precificando que está “menos arriscado emprestar dinheiro para o governo”.

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Resultado? Todo mundo começa a comprar. Com o aumento da demanda, o preço do papel sobe e a taxa de rentabilidade cai. E é aí que o investidor pode ter “ganhos turbinados” também na renda fixa – caso venda o papel antes da data de vencimento, já que vai oferecer uma taxa superior à disponível na plataforma. Os investidores que mantiverem o papel até o vencimento, porém, receberão a taxa contratada no momento da compra.

Segundo Ghani, a aprovação das reformas ainda não está precificada nas taxas do Tesouro, por mais que haja um otimismo em relação à aprovação. “Nem tudo está precificado ainda, sempre fica um componente de incerteza, e notícias favoráveis tendem a refletir de forma positiva nas taxas”, diz.

Para quem não está tão otimista ou ainda têm dúvidas sobre o desenrolar das reformas, Ghani sugere o Tesouro Selic ou CDBs (Certificado de Depósito Bancário) indexados ao CDI que tenham liquidez diária. Quando o cenário de mudanças ficar mais concreto, porém, Ghani explica que seria interessante migrar novamente para um título prefixado.

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